Kawasaki “cresce” e aparece no Intermot

Mesmo com uma crise pairando sobre o continente europeu, a apresentação da Kawasaki no Intermot mostrou que a fábrica japonesa não está disposta a jogar a toalha e parte em busca de renovação para atrair motociclistas e fidelizar quem já é fã da marca. "Uma lição do mundo dos negócios é que em tempos difíceis é que se deve investir. É isso que a Kawasaki tem feito com o desenvolvimento de novos produtos e mudanças em modelos existentes", afirmou Yasushi Kawakami, diretor da Kawasaki Motors Europe, durante a coletiva de imprensa da montadora japonesa realizada na terça-feira, 2 de outubro.

Desta forma, a marca verde mostrou pela primeira vez para o público europeu as novas versões da superesportiva Ninja ZX-6R, que volta a contar com o propulsor de 636 cc que já equipou gerações anteriores da moto entre 2002 e 2006. Com o novo motor, a Ninja de média cilindrada passa a entregar 137 cv a 13.500 rpm, no lugar dos 128 cv a 14.000 rpm do modelo anterior e recebeu também todo um novo kit eletrônico que inclui freios ABS e controle de tração ajustável em até três níveis.

A menor superesportiva da Kawasaki também recebeu atenção para 2013. A Ninja 250R recebeu um motor maior e passa a se chamar Ninja 300 ou simplesmente ZX-3. O novo propulsor de 299 cm³ aumentou o rendimento da pequena Ninja para 39 cv e veio acompanhado de itens que não devem em nada para uma superesportiva de alta cilindrada, como os freios ABS e a embreagem deslizante. Fora as melhorias mecânicas, as novas motos também ganharam um design que as deixou mais parecidas com a ZX-10R, consolidando o conceito de evolução gradual para o motociclista. "A nova Ninja 300 tem como objetivo criar uma nova geração de fãs para a marca", explica Kawakami.

Um novo modelo Z

A apresentação da Casa de Akashi nesta edição do Salão de Colônia também teve seu tom nostálgico. Em 2012, a Kawasaki celebra os 40 anos da apresentação do primeiro modelo da famíla Z no evento e escolheu a Z 750 para comemorar. Seguindo o exemplo dos modelos com a assinatura Ninja, ela também “cresceu” e passa a se chamar Z 800.

O novo propulsor de 806cc é capaz de gerar 113 cv, mas Kawasaki também irá disponibilizar uma versão com 95 cv para atender às normas de alguns países do Velho Mundo que limitam a potência das motos de acordo com a idade dos motociclistas. O conceito de design inspirado na “irmã maior” também está valendo para a Z 800 que, por sua vez, recebeu linhas que a tornaram mais parecida com a Z 1000. “A Z 800 foi completamente renovada. E quer continuar liderando no segmento onde a antiga Z 750 era líder de vendas na Europa”, finaliza Kawakami.