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Latin NCAP testa carros latinos e muitos precisam melhorar segurança

20/03/2013 - 09:49 - Redação
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O Programa de Avaliação de Carros Novos da América Latina (Latin NCAP) divulgou resultados de testes de colisão feitos com dois carros fabricados no Brasil: Ford EcoSport e HB20 Hyundai. Os testes demonstram que houve progresso, e que mais carros latino-americanos têm obtido classificação de segurança quatro estrelas. Com esses resultados, encerra-se a terceira fase do Latin NCAP, do qual a PROTESTE Associação de Consumidores foi impulsionadora e é parceira.
 
O EcoSport Ford obteve 4 estrelas na avaliação quanto a proteção de adultos, e 3 na das crianças. O hatchback HB20 da Hyundai, por sua vez, ficou com 3 estrelas na segurança de adultos e somente 1 na proteção de crianças.
 
Quanto mais seguro o carro, mais estrelas ele recebe. Os modelos foram avaliados em número de estrelas, que vão de cinco, para segurança ideal para aos ocupantes, a zero, para os mais inseguros.
 
Nestas avaliações, cada automóvel é submetido a uma colisão frontal a 64 km/h contra um obstáculo deformável, que simula outro carro. O programa já testou, nos últimos três anos, 28 modelos, incluindo a maioria dos carros mais vendidos na região.
 
Ficou evidente, na fase-piloto do Latin NCAP, que poderia haver veículos mais seguros na América Latina. O programa espera cooperar tanto quanto possível com os consumidores, governos e fabricantes para que os veículos se tornem mais seguros e acessíveis para a região no curto prazo.
 
Para a proteção dos ocupantes, um bom carro deve satisfazer a duas condições: em colisão, a estrutura não pode entrar em colapso; e deve contar com um absorvedor metálico, em aço ou alumínio, que evita a deformação das longarinas (peças estruturais atrás do para-choque), conhecido como crash box. O HB20 revelou uma estrutura estável durante o ensaio, o que é desejável. No entanto, os seus sistemas de retenção não funcionaram adequadamente.
 
A segurança das crianças deve ser melhorada, pois um dos sistemas de retenção quebrou devido a cargas elevadas no cinto de segurança do carro. O manequim de 3 anos se chocou, então, contra o encosto do banco da frente. Também o de um ano e meio, sentado em frente, foi exposto a elevadas desacelerações. Ambas as situações explicam a baixa pontuação.
 
A fixação das cadeirinhas infantis com o sistema de retenção Isofix desempenha um papel significativo na redução de erros de instalação e melhorou o desempenho dinâmico em alguns casos. Foi o que se comprovou no veículo da Ford. O Latin NCAP recomenda e incentiva todos os governos da região a adotar o sistema em seus mercados, por meio do Regulamento R44 da ONU.
 
Por outro lado, a apresentação de uma estrutura estável não é tudo, quando os sistemas de retenção (airbag, cintos de segurança, pré-tensores, etc) não podem fornecer proteção adequada para desacelerações elevadas. Uma boa proteção é alcançada por carros que podem equilibrar um comportamento estável estrutural e encostos de sistemas que protegem adequadamente os ocupantes do veículo.
 
Para o Latin NCAP, os consumidores devem exigir que os fabricantes adotem, ou que lhes sejam impostas, as recomendações das Nações Unidas em relação aos padrões dos testes de colisão (regulamentos R94 e R95). Dessa forma, haverá mais proteção a todos os envolvidos no trânsito, e os consumidores terão oportunidade de escolher seus carros segundo as avaliações de segurança dos testes de colisão efetuados pelo Latin NCAP.
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