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Maio confirma nova queda de vendas

07/06/2014 - 11:27 - Automotive Business
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Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves em maio somaram 278,3 mil unidades, o que significou queda de 0,6% sobre os 279,8 mil de abril passado. A retração se aprofunda na comparação anual, 7,4% ante maio de 2013, quando foram licenciados 300,6 mil veículos leves. No acumulado de cinco meses, 2014 teve 1,33 milhão de carros vendidos contra 1,4 milhão no mesmo intervalo de 2013, com declínio de 5,2%.

Os números do Registro Nacional de Veículos (Renavam) foram repassados a Automotive Business pela consultoria Carcon Automotive, que chama a atenção também para a redução do movimento diário de emplacamentos. Na comparação entre os dois últimos meses, houve queda de 5,3%, com 13,2 mil licenciamentos por dia útil nos 21 dias úteis de maio, enquanto abril teve 14 mil/dia em 20 dias úteis. 

Desde março o mercado de veículos leves no País inverteu seu sinal de positivo para negativo, com quedas que vêm se aprofundado mês a mês, em virtude de elevação de preços e dificuldade de aprovação de crédito. Espera-se por retração ainda maior em junho, com o início da Copa do Mundo e muitos dias de negócios paralisados ou muito fracos. No ritmo atual, fica cada vez mais difícil sustentar previsões de crescimento das vendas em 2014 – a associação dos fabricantes, a Anfavea, projetou alta de 1,1% no início deste ano e evita refazer a estimativa, na tentativa de não induzir a resultado ainda pior. A associação dos concessionários, a Fenabrave, irá comentar os números nesta terça-feira, 2, e promete refazer suas projeções. 

Ainda que o resultado negativo já pareça estar dado para 2014, alguns fatores ainda podem mudar o prognóstico de “muito ruim” para apenas “ruim” ou “razoável”. Na virada deste mês o IPI aplicado sobre veículos está previsto para voltar ao nível normal de 3% para 7% no caso de modelos 1.0 e de 7% para 11% no caso dos equipados com motores flex (etanol-gasolina) de 1.1 a 2.0. Embora a Anfavea negue que tenha pedido ao governo para segurar o reajuste do imposto, existem fortes indícios de que o desconto será prorrogado, segundo fontes familiarizadas com essa negociação. Também estão no horizonte medidas para destravar as concessões de crédito, como a criação de um fundo garantidor e legislação mais rígida para a retomada do veículos em caso de inadimplência. Até o momento, contudo, as discussões não saíram do campo de sugestões e conjecturas.

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