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Michelin lança primeiro pneu radial para miniesportivas

24/05/2013 - 11:05 - Aldo Tizzani / Agência INFOMOTO - FOTOS : Divulgação
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“Com a evolução das motocicletas de média cilindrada, principalmente no que diz respeito ao chassi e também ao maior desempenho do motor, não havia um pneu à altura. Ou seja, as motos estavam limitadas pelo pneu. Dessa forma focamos nossos esforços para apresentar um produto que colaborasse para que o consumidor pudesse extrair o máximo de rendimento de sua moto. Com esta filosofia nasceu o Pilot Street Radial, o primeiro pneu radial para motos de baixa e média cilindrada”, afirma Dominique Aimon, vice-presidente de Comunicação Técnica e Científica do Grupo Michelin, que esteve no Brasil para o maior lançamento do segmento de duas rodas já realizado pela Michelin na América do Sul. Ao todo foram cinco novos modelos de pneus.

Importados da Tailândia, os pneus Street Radial estão disponíveis em três medidas: 110/70 R 17 (TL/TT) para a dianteira e 130/70 R (TL/TT) e 140/70 R 17 (TL/TT) para a roda traseira. Eles podem ser montados em aros de aço ou em rodas de liga leve. O preço deve variar de R$ 300 (D) e R$ 350 (T). Ou seja, 10% a mais que seu concorrente direto, que não tem a estrutura radial. O produto começa a ser vendido no início de junho.

“Neste lançamento houve uma transferência da tecnologia oferecida nos pneus de alta cilindrada, no caso o modelo Pilot Road 2, para os de média e baixa cilindrada. Com o lançamento da nova Linha Street, o objetivo da marca é dobrar a participação no segmento urbano, ou seja, de 6% para 12% em dois anos”, afirma Rogério Cortes, diretor de Marketing e Vendas de Pneus para Motocicletas Michelin América do Sul.

Segundo a companhia, o novo Street Radial oferece durabilidade 30% superior que seu principal concorrente (Pirelli Sport Demon), cujo desempenho foi comprovado por testes realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia. O novo produto cobre 90% dos modelos das motos de 250/300 cilindradas, entre elas a Kawasaki Ninha 250/300, e as Honda CBR 250R e CB 300R. No resumo, o Street Radial foi idealizado para transmitir maior tração, estabilidade em altas velocidades, maior área de atrito e conforto, já que em função do desenho esportivo e novo composto ajudam a copiar melhor as imperfeições do terreno.

Novo composto e desenho

O Michelin Street Radial utiliza composto de sílica na banda de rodagem que, segundo o fabricante, melhora a aderência em pistas molhadas, oferece maior segurança e durabilidade. O desenho, derivado do pneu Michelin Pilot Road 2, proporciona uma drenagem de água mais rápida, graças aos recortes que aumentam sua largura desde o centro do pneu até o ombro, além de um visual esportivo. A Michelin aumentou a área de contato na parte central do pneu e adota aumento gradual da largura dos sulcos nos ombros, que variam de 3 mm a 6 mm, para um melhor evacuação da água.

Para demostrar sua superioridade em piso molhado, o fabricante realizou teste de frenagem na pista do ECPA. Com uma Honda CB 300R equipada com freios ABS, o piloto de testes Leandro Mello vinha a 80 km/h e freava a moto na pista molhada até parar a moto. As cinco primeiras passagens foram feitas com pneus Pirelli Sport Demon e as outras cinco com Michelin Pilot Street Radial. Na média, a CBzinha calçada com Pirelli precisou de 42,6 metros para parar, enquanto com o Michelin, 32,2 metros. Uma diferença de 10,4 metros. Metragem suficiente para não atropelar um pedestre ou se envolver em uma colisão.

Teste dinâmico

Os jornalistas foram convidados a dar quatro voltas no circuito piracicabano a bordo de CB 300R ou de uma CBR 250R. As duas primeiras voltas com pneus Pirelli Sport Demon e as outras duas passagens com o novo modelo Michelin. De cara, a impressão que fica é que o radial da Michelin “agarra” melhor no asfalto, principalmente quando a moto está inclinada, contornando curvas. Não sou piloto, mas o pneu transmitiu uma maior sensação de segurança. Tive até vontade de me pendurar nas curvas de alta velocidade como um verdadeiro piloto da MotoGP. A volta acabou e o sonho também. O outro diferencial é o conforto, já que em função do novo composto o Street Radial copia melhor as ondulações. Infelizmente não pudemos testar o novo produto em pista molhada.

Radial versus convencional

Há dois tipos de construção de pneus: radial e convencional (ou diagonal). A nomenclatura designa a diferença estrutural. Mas isso não significa que um seja melhor ou pior que o outro. Simplesmente, eles têm uma aplicação, um uso diferente.

Nos pneus convencionais, os cordonéis das lonas (os tecidos) que, juntamente com a carcaça, compõem a estrutura do pneu, formam ângulos com a linha central da banda de rodagem. Daí alguns chamarem os pneus convencionais de diagonais.

Já nos radiais, além da estrutura têxtil, uma cintura de aço é disposta paralelamente à linha central da banda de rodagem; os fios metálicos formam um ângulo de 0° com a linha central.

Os radiais são indicados para altas velocidades, enquanto os convencionais têm uma variedade muito maior de aplicação. Podem ser usados em motos de baixa cilindrada, motocicletas off-road ou até mesmo em motos big-trail, como a Yamaha XT 660R, motos que recebem maior carga e impactos.

A construção radial oferece resistência e desempenho em alta velocidade e frenagens muito bruscas, em situações extremas em que um pneu convencional se tornaria um risco. Além disso, a superfície de contato é maior, melhorando a aderência, tração e capacidade para absorver imperfeições do piso.

Uma moto de 125cc não precisa ser equipada com um pneu radial, pois além de não alcançar altas velocidades, o rendimento quilométrico também é importante para o motociclista. Seria, além de um desperdício, um incômodo, já que os pneus não trabalhariam em conjunto com a suspensão desenvolvida para pneus convencionais.

Como externamente fica difícil diferenciar um radial de um convencional, os fabricantes usam códigos. Por exemplo, o pneu traseiro da Honda CG 150 é o Pirelli City Demon nas medidas 90/90 – 18. O “-” indica que se trata de um pneu convencional (ou diagonal).

A superesportiva Yamaha YZF R1, por exemplo, vem equipada com o pneu Michelin Pilot Power 190/50 R 17. O “R” sinaliza que o pneu é de construção radial. Já os números referem-se à largura (em milímetros), altura e o aro da roda, respectivamente.

Na hora de escolher qual pneu colocar em sua moto, vale sempre a regra: siga a recomendação do manual do fabricante e as especificações do equipamento original de fábrica. Usar pneus fora de especificação aumenta o consumo de combustível e reduz o controle da motocicleta.

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