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Motard V-Twin é naked que ganhou roupa e estilo

29/06/2012 - 09:58 - Carlos Bazela / Agência INFOMOTO
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Os modelos da Moto Guzzi já chamam a atenção por si só pelo seu design que mistura moderno e retrô, além do inconfundível motor de dois cilindros em “V” posicionado de maneira transversal, marca registrada da montadora italiana. Mas, seus conterrâneos, os customizadores da Ghezzi-Brian acharam que não era suficiente e resolveram transformar a naked Griso 1200 SE em nada menos do que uma supermotard.

Para isso, a Moto Guzzi original recebeu a carenagem característica das trails em tons de laranja e preto. Também foram incorporados o paralama dianteiro em forma de bico e o assento reto em um único nível. O conjunto óptico foi todo redesenhado, trocando o único farol redondo para dois outros empilhados – característica dos modelos preparados pela Ghezzi-Brian que, por sua vez, estão protegidos por uma carenagem frontal.

Outros itens que deram personalidade para a Motard V-Twin são o spoiler colocado abaixo do quadro e os piscas conjugados com os retrovisores. Na rabeta tudo foi trocado. Desde a lanterna, agora composta por lâmpadas duplas, até as alças de apoio da garupa, que se unem em um prático bagageiro. Os escapes também mudaram. O conjunto de dois canos mesclados do lado esquerdo dá lugar a dois exaustores independentes um de cada lado da moto. Visualmente, portanto, a única característica que identifica a Griso por baixo da “roupa” de motard são o motor e a roda traseira raiada – que continua presa por um monobraço.

De acordo com o a Ghezzi-Brian, a Motard V-Twin pesa 220 kg, o que a faz dez quilos mais leve do que a Moto Guzzi Griso, mesmo com a carenagem extra incorporada. Já a altura do assento é de 830 mm, 30 mm a mais do que a versão naked que evidenciam o aumento do curso da suspensão, dado não declarado pela preparadora.

Suspensão inteligente

Se no visual a Motard V-Twin pouco lembra uma Moto Guzzi, a mecânica se mantém quase a mesma dos modelos fabricados em Mandello del Lario. Desta forma, foi mantido o motor bicilindrico em “V” transversal de 1151 cm³. Entretanto, segundo a Ghezzi-Brian potência está na casa dos 115 cv a 7500 rpm, cinco cavalos a mais do que a Griso original é capaz de gerar na mesma faixa de giro. A transmissão final é feita por eixo cardã.

Na suspensão, todavia, é que a Motard se torna uma moto única, distante tanto dos modelos da Moto Guzzi, como de outros produzidos hoje em dia. Enquanto os modelos com mais eletrônica embarcada se resumem a instalar ajuste eletrônico na pré-carga das molas, o pessoal da Ghezzi-Brian optou pelo DDA (Dynamic Damping Action), sistema de amortecimento inteligente desenvolvido em parceria com a holandesa Tractive Suspension que já trabalhou em projetos para a MotoGP e também para a Fórmula 1.

Trata-se de um conjunto de sensores ligados ao monoamortecedor traseiro que alteram a regulagem da pré-carga da mola com a moto em movimento, levando em conta o estilo de pilotagem, o piso, a velocidade e a taxa de compressão e expansão da mesma. Os dados são analisados por uma central eletrônica e os ajustes são feitos tão rapidamente que o piloto nem mesmo nota as oscilações, percebendo apenas os seus efeitos, como aumento da estabilidade e do conforto. Para se ter uma ideia, o sistema é capaz de fazer até 25 mil leituras por segundo e regular até 10.000 newtons de amortecimento (cerca de 1019 kgf) em apenas 10 milissegundos.

Para todos os gostos

Criada em 1995, a Ghezzi-Brian surgiu como diversas outras marcas italianas, uma escuderia especializada em motos de competição. Em 1998, entretanto, a oficina se especializou em modificar modelos da Moto Guzzi. Hoje, a Ghezzi-Brian produz quatro modelos entre nakeds e superesportivas equipados com o marcante V-Twin transversal, além da nova motard.

Em janeiro de 2002, a própria Moto Guzzi solicitou o projeto de um novo modelo para a Ghezzi-Brian, concedendo liberdade criativa total aos preparadores. O resultado foi a MGS-1, modelo apresentado no final do mesmo ano, durante o Intermot, em Munique, na Alemanha.

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