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Motos “naked” (nuas) são as preferidas entre os motociclistas

20/09/2013 - 11:21 - Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO - FOTOS: Agência INFOMOTO
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As vendas de motocicletas têm apresentado queda nos dois últimos anos. Principalmente, devido à restrição ao crédito para a compra de modelos de baixa cilindrada. Entretanto, a venda de motos acima de 500 cc vai de vento em popa. Novas marcas desembarcaram oficialmente no País, a oferta de modelos aumentou e as vendas acompanharam essa tendência. Em 2008, por exemplo, foram vendidas 21.285 unidades acima de 450cc, de acordo com a Abraciclo, associação dos fabricantes do setor. No ano passado, esse número mais que dobrou: foram comercializadas 43.818 unidades nesse segmento de motos chamadas grandes.

Entre os modelos maiores, as motocicletas nakeds sempre têm mantido a preferência do consumidor. Em 2012, por exemplo, das quase 44 mil motos acima de 450cc vendidas, 15.427 eram de modelos do segmento naked/roadster, ou seja, cerca de 35%.

Atentas a essa preferência do consumidor, as fábricas têm lançado mais modelos no segmento naked. Em 2008, por exemplo, havia poucas opções para o motociclista, como a Honda CB 600F Hornet e a já extinta Yamaha FZ6N. Atualmente, há mais de uma dezena de modelos de várias marcas e em diversas faixas de cilindrada para quem procura uma naked (nua).

Receita de sucesso

Caracterizados pela ausência de carenagem e simplicidade estética, os modelos nakeds têm na versatilidade sua receita de sucesso. Servem tanto para o uso diário, pois são fáceis de pilotar e mais leves do que as motos carenadas, e também podem ser usados em viagens em função de seus motores vigorosos e conforto na condução. Sua posição de pilotagem ereta, típica das nakeds, é quase um meio termo entre a agressividade das motos esportivas e o conforto das custom.

Seu desenho minimalista, de moto com “cara” de moto, também agrada a muitos motociclistas. Somente um farol – embora nem sempre redondo –, quadro e motor aparentes: um design consagrado desde as primeiras décadas do motociclismo. A lista de nakeds emblemáticas é longa: Triumph Bonneville, Norton Commando, BMW R 51, Honda CB 750F, Kawasaki Z1, Yamaha TX 750, enfim uma grande variedade de modelos que fizeram das nakeds modelos emblemáticos da história do motociclismo.

As mais vendidas

De três anos para cá, a opção de modelos nakeds aumentou. A Kawasaki chegou com sua linha Z. No ano passado, a Triumph instalou-se oficialmente no País trazendo a Speed Triple e mais, recentemente, a Street Triple. BMW, MV Agusta e Ducati também oferecem nakeds interessantes. Até mesmo as tradicionais Honda, Yamaha e Suzuki passaram a oferecer novos modelos.

Porém, a mais vendida ainda é a Honda CB 600F Hornet, com seu motor de quatro cilindros em linha, 600cc e 102 cv de potência, além de ter a opção de freios combinados com sistema ABS. Com 2.905 unidades emplacadas até agosto deste ano, a Hornet, com preço sugerido a partir de R$ 31.990, se mantém no topo de vendas no Brasil.

Logo atrás vem a Yamaha XJ6N, um modelo mais “manso”, com 77,5 cv produzidos pelo seu tetracilíndrico. Levemente renovada para 2013, a XJ6, porém não traz freios ABS nem como opcional. Porém, é mais acessível: R$ 28.430.

Na terceira posição chega a CB 1000R, outro modelo Honda com quatro cilindros. Maior, a CB 1000R chama atenção pelo desenho agressivo evidenciado pelo monobraço traseiro. Com motor de 1.000 cc, a CB 1000 R oferece freios ABS (opcional) e custa a partir de R$ 39.990.

Na quarta colocação, está a recém-lançada Kawasaki Z 800. O modelo ganhou um desenho bastante agressivo e motor de quatro cilindros têm 806 cm³ de capacidade e garantem 113 cv de muita diversão. Seu preço, porém, é mais elevado: a partir de R$ 35.990.

Na quinta colocação, está uma naked que foge dos quatro cilindros: a ER-6n, também da Kawasaki. Equipada com um elástico bicilíndrico de 649 cm³ e 72,1 cv, a ER-6n é uma moto bastante prática e fácil de pilotar. Com desenho jovem, é também mais acessível. Sem ABS sai por R$ 25.990.

Outra bicilíndrica de sucesso no Brasil é a BMW F 800R. Montada em Manaus (AM), essa moto de origem alemã também é fácil de pilotar e já traz de fábrica os freios ABS por R$ 36.900. Seus dois cilindros paralelos oferecem 87 cv de potência máxima e bastante torque em baixas e médias rotações.

Muitas novidades

Com a chegada de novas marcas, o leque de motocicletas nakeds disponível ao consumidor brasileiro também cresceu. Desde o final de 2012, por exemplo, a Triumph comercializa a Speed Triple, espécie de ícone do segmento. Dotada de um motor tricilíndrico de 1.050 cm³, como faz imaginar sua nomenclatura, a Speed Triple é mais agressiva e tem um estilo streetfighter (lutadora de rua), como eram chamadas as motos customizadas derivadas de superesportivas. Oferece 135 cavalos de potência e, consequentemente, bastante esportividade para pilotos mais experientes por R$ 42.900.

Em junho, chegou por aqui a irmã menor da naked inglesa. Chamada de Street Triple, seu motor de três cilindros tem 675 cm³ e foi amansado para o Brasil: produz “só” 85,1 cv, mas que são suficientes para curtir passeios na cidade ou pequenas viagens. Seu preço também é competitivo em relação às outras nakeds médias: R$ 31.900 com freios ABS.

Em julho, também desembarcou no Brasil, uma naked italiana: a Ducati Monster 796. Com uma receita italiana, mais apimentada, a Monster tem 20 anos de história no mercado mundial. Marcada pelo quadro em treliça, monobraço traseiro e motor de dois cilindros em “L” (um V a 90°), a versão 796 vendida aqui produz 87 cv de potência máxima. Leve em relação a suas concorrentes (com apenas 188 kg em ordem de marcha), essa naked Ducati é bastante arisca foi feita para quem gosta de emoção ao pilotar. Montada no Brasil com freios ABS de série, a Monster 796 tem preço sugerido de R$ 37.900.

De olho nesse nicho que não para de crescer, até mesmo a J. Toledo/Suzuki resolveu trazer novas nakeds para o Brasil. Havia a tradicional e já obsoleta Bandit, nas versões de 650 e 1250, mas a marca japonesa trouxe duas grandes novidades para o segmento em 2013: a GSR 750 e a Gladius.

A GSR 750 veio para atrair os fãs de motores de quatro cilindros em linha. Seu propulsor tetracilíndrico de 749 cm³, derivado da esportiva GSX-R 750, foi amansado e oferece bastante suavidade e 106 cv de potência máxima. Suas linhas modernas e angulosas também chamam a atenção. Com freios ABS, a Suzuki GSR 750 custa R$ 36.990 (há uma versão sem ABS por R$ 2.000 a menos).

Já a Suzuki Gladius tem outra proposta. Aposta no motor de dois cilindros em “V” com 645 cm³ para ser prática e fácil de pilotar, já que seu assento fica a apenas 780 mm do solo. Com 72 cv de potência máxima, ela é bastante confortável e tem um preço acessível: R$ 26.990.

Agora, com tantas opções de marcas, modelos e arquitetura de motores, os motociclistas brasileiros não têm do que reclamar. Escolha a moto que se enquadra ao seu estilo de pilotagem e biotipo e bom passeio.

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