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Ainda tem a Ducati, que permanece nas mãos de um importador local no País, e disponibiliza a Multistrada no segmento, além da fabricante austríaca KTM com a 990 Adventure. Todavia, a dificuldade de aquisição e manutenção destas motos deixa os números de mercado das bigtrail destas fabricantes européias relegadas a um segundo grupo – o interessado em comprar uma Multistrada terá que esperar 3 meses por um novo lote, de acordo com a concessionária da marca em São Paulo.
Quem aproveitou a deixa foi a Yamaha. Trouxe a Super Ténéré 1200 em 2011 e já figura na segunda posição do ranking da Fenabrave com 216 unidades comercializadas até junho de 2012 – clientes reclamam da lista de espera do modelo e a nossa reportagem confirmou que para aquisição de mais de uma Super Ténéré o tempo de espera chega a 15 dias.
Opções japonesas
Antes dominado pelas marcas européias, o segmento bigtrail de alta cilindrada começa a ficar com cara japonesa. Depois da chegada da Super Ténéré, a Kawasaki apresentou, no mês passado, a nova Versys 1000, única representante deste nicho com motor de quatro cilindros em linha. O modelo ainda não aparece nos números de emplacamentos, mas seu preço, R$ 49.990, e os quatro “canecos” alinhados devem fazê-la conquistar uma porção de fãs.
Assim como a mais nova representante do segmento, a Honda Crosstourer. Com rodas de aro 19 da dianteira e 17 na traseira, a Crosstourer tem vocação mais on-road e se assemelha muitos mais a Versys 1000 e a Multistrada do que às aventureiras Super Ténéré, R 1200 GS e 990 Adventure. Mesmo assim, a Crosstourer chega com inovações: um motor inédito de quatro cilindros em “V” e o sistema de dupla embreagem, chamado de Dual Clutch Transmission (DCT), já utilizado na VFR 1200F.
Amansado na bigtrail, o propulsor entrega 129,2 cavalos de potência a 7.750 rpm e um torque máximo de 12,8 kgf.m a 6.500 rpm, colocando a Crosstourer como a mais potente do segmento. Outro diferencial é o DCT. O câmbio é auxiliado por duas embreagens que trabalham em conjunto. Enquanto uma opera as marchas ímpares (1, 3, 5) a outra se encarrega de engrenar o conjunto par (2, 4, 6). Com o auxílio desta eletrônica, o piloto pode se preocupar somente em selecionar o câmbio – automático ou manual – e acelerar.
Concorrência também no bolso
Infelizmente a Honda ainda não divulgou o preço do seu mais novo lançamento, justificando que a chegada da Crosstourer nas concessionárias da marca acontecerá somente em outubro. No entanto, acreditamos que seu preço sugerido deve ficar entre 55 e 60 mil reais, valor acima do cobrado pela Kawasaki na Versys 1000 (R$ 49.990).
A outra representante nipônica do segmento cobra valor semelhante em sua motocicleta aventureira: são R$ 60.000 pela Super Téréré. Já as bigtrail de origem européia pedem custam um pouco mais cara ao consumidor brasileiro, com exceção da KTM.
A Ducati Multistrada e a KTM 990 Adventure, representadas pelo mesmo importador, tem preço praticado de R$ 79.000 (topo de linha) e R$ 56.900 (ABS), respectivamente. Já a líder BMW R 1200 GS é vendida a partir de R$ 63.900, já com freios ABS. E tudo indica que a Triumph chegará, enfim, no segundo semestre deste ano sem subsidiário, colocando a Tiger 1050 para acirrar ainda mais o segmento das motos pra toda obra.
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