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A MT-10 apresenta formas impactantes. Carenagem frontal com dois canhões de luz em LED, tanque multifacetado com capacidade para 17 litros e pequenas tampas laterais que cobrem a parte de cima dos cilindros. Chassi, subquadro, bengalas da suspensão dianteira, balança traseira e guidão: tudo pintado de preto.
Com esta receita, o motociclista não passará despercebido, já que além do porte - 2.095 mm de comprimento e 1.400 mm entre-eixos – e do desenho radical há três cores disponíveis: preto, azul, e cinza com preto, este com rodas de liga leve na cor amarelo fluorescente.
Com 210 kg (em ordem de marcha), toda a parte ciclística está montada em um quadro Deltabox de alumínio, idêntico ao da prima R1, porém com suportes para receber bolsas laterais. Além do chassi, a balança traseira é idêntica à utilizada na superesportiva. Na dianteira, suspensão invertida com canelas de 43 mm de 120 mm de curso, multiajustável. Na traseira monoamortecedor, com 120 mm de curso e pré-ajuste na mola.
Equipada com sistema de freios ABS (antitravamento), a nova bignaked japonesa tem discos de 320 mm com pinças de quatro pistões e fixação radial na dianteira, enquanto na traseira disco de 220 mm, mordido por pinça de dois pistões. Para completar, rodas em liga de alumínio – de 17 polegadas – calçadas com pneus Bridgestone Battlax Hypersport S20.
Motor de 160 cv derivado da superbike R1
O coração desta autêntica streetfighter é um quatro cilindros em linha, com 998 cm³ de capacidade cúbica, derivado da superbike japonesa. O motor, que gosta de trabalhar em altos regimes de rotação, entrega 160 cv de potência máxima a 11.500 rpm. Já o torque, de 11 Kgf.m está disponível a 9.000 rpm. Apesar da mesma base, o propulsor foi amansado e perdeu cerca de 40 cavalos.
Neste downgrade, o motor ganhou pistões e bielas em aço e a taxa de compressão foi reduzida de 13: 1 para 12: 1. A caixa de ar é diferente e passa de 10,5 a 12,5 litros de capacidade e tudo controlado por meio de um cérebro eletrônico - YCC-T (Yamaha Chip Controlled Throttle). Mas o propulsor ainda se beneficia do virabrequim crossplane e seu intervalo de ignição desigual (270°-180°-90°-180°) que proporciona um controle maior sobre o torque transmitido à roda traseira.
Para auxiliar o uso racional de toda esta cavalaria e torque, a Yamaha MT-10 traz vários recursos eletrônicos como, por exemplo, o sistema D-Mode, que oferece três tipos de mapeamento do motor (A, B e Standard). Os dois primeiros proporcionam respostas rápidas e aceleração de certa forma ríspida. Igual ao da sua irmã mais nova, a MT-09. O ajuste do modo de pilotagem é feito por um botão que fica no punho esquerdo. A parte eletrônica da bignaked da Yamaha conta ainda com controle de tração com três níveis de intervenção. O pacote é bem mais simples se comparado com a YZF-R1, principalmente pela ausência da IMU (Unidade de Medição Inercial).
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