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Mundial de Motocross dá largada para temporada 2011

17/04/2011 - 11:13 - Arthur Caldeira/Agência INFOMOTO de Sevlievo, Bulgária
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Com apenas 24.000 habitantes, a pequena Sevlievo é uma cidade do distrito de Gabrovo, que ganhou fama no Brasil como a terra natal do pai da presidente Dilma Roussef. Mas para os apaixonados por motocross, Sevlievo se destaca por abrigar o circuito de Gorna Rositza, palco da primeira etapa do Campeonato Mundial de Motocross, temporada 2011, realizado no último final de semana.

Aclamada pelos próprios búlgaros como a “melhor pista de motocross do mundo”, Gorna Rositza, foi criada em 1982, mas foram precisos muitos investimentos e reconstruções até que atingisse a forma atual. Incrustada em dois morros, a pista tem 1.680 m de extensão, 11 metros de largura, 22 obstáculos e saltos, além de um paddock com 24.000 m² de área.

Sevlievo foi a capital mundial do motocross nesse final de semana de abril, já que, além das principais categorias, MX1 e MX2, a pista recebeu ainda a primeira etapa do Mundial Feminino da modalidade e uma etapa do Campeonato Europeu de 125cc. Para completar a festa, a previsão de tempo chuvoso não se confirmou. O sol deu as caras e nem o vento frio e cortante impediu que 35.000 pessoas estivessem presentes ao circuito.

Maré de azar

As grandes estrelas do motocross mundial eram figurinha fácil no paddock. Do italiano Antonio Cairoli, atual bicampeão da categoria MX1, passando pelo jovem alemão, Ken Rockzen, vice-campeão da MX2 em 2010, até o francês Steven Frossard que fazia sua estréia pela equipe Yamaha Monster.

Mas meus olhos estavam mesmo interessados na bandeira verde e amarela tremulando junto a muitas outras. Afinal, a etapa marcava a estréia da equipe Honda Racing Brazil no Mundial.

O escolhido para pilotar a CRF 250R na categoria MX2 era o mineiro radicado em Nova Friburgo (RJ), Swian Zanoni. Mas já nos treinos da pré-temporada, Swian machucou-se e não estaria pronto para a estréia. Com isso o goiano Wellington Garcia iria substituí-lo em Sevlievo. Iria. Mas parece que uma maré de azar atingiu a equipe e Wellington chocou-se com outro piloto nos treinos para a etapa e teve de ser levado para o hospital em Gabrovo, a 20 km dali.

Com isso, a preocupação atingiu Wilson Yassuda e todos da equipe Honda Racing, assim como os jornalistas convidados para cobrir a etapa. Com suspeita de problemas no baço, Wellington teve de ser submetido a uma bateria de exames no sábado ainda. No domingo, os médicos búlgaros fizeram uma intervenção cirúrgica e suturaram duas rupturas no baço do piloto – o goiano ainda está se recuperando na Bulgária, mas agora na companhia do xará e pai, Wellington.

Com as expectativas em relação a estréia do Brasil no Mundial de Motocross frustradas, o jeito foi se contentar com as disputas de outros pilotos. E que disputas!

Rockzen domina

Na categoria MX2 – para motos de 250cc com motor quatro tempos – o alemão Ken Rockzen, da equipe KTM, não deu chances aos concorrentes. Fez o melhor tempo nos treinos e venceu as duas baterias. Provando que, neste ano, vem pra brigar pelo título.

O inglês Tommy Searle, que voltou ao Mundial com a equipe Kawasaki, foi o segundo nas duas baterias. Em terceiro na etapa ficou o holandês Jeffrey Herlings, de KTM (5º na primeira bateria e 3º, na segunda).

MX1 de tirar o fôlego

Na principal categoria, a grande surpresa ficou por conta da estréia do francês Steven Frossard na equipe Yamaha. Pole-position no sábado, Frossard venceu a primeira bateria com certa folga. O belga Clement Desalle, da Suzuki, foi o segundo. A surpresa negativa ficou por conta do atual campeão Toni Cairoli. O italiano foi apenas o sétimo e após a bandeirada demonstrava claramente que estava com algum problema na perna.

Na segunda bateria, a disputa entre Frossard, Desalle e o espanhol Jonathan Barragan da Kawasaki foi de tirar o fôlego. E valeu o ingresso para os 35.000 espectadores de Sevlievo. Os três pilotos duelaram até as voltas finais, quando Frossard e Desalle se distanciaram. Para se ter uma idéia, o piloto da Suzuki ganhou a primeira posição na última curva – chegando à frente do francês com uma diferença de pouco mais de um segundo. Como o regulamento, decreta vencedor o primeiro colocado da segunda bateria, neste caso, Clement Desalle ergueu a taça. Porém os dois pilotos estão empatados com 47 pontos.

A próxima das 15 etapas acontece na Holanda em 25 de abril. Depois os pilotos seguem para a famosa pista de Glen Helen, nos Estados Unidos, em 15 de maio. E finalmente em 22 de maio o circo do Mundial de Motocross desembarca no Brasil. A pista do Centro de Educação e Treinamento no Trânsito Honda em Indaiatuba, interior de São Paulo, vai ser palco da quarta etapa do campeonato. Se você gosta de motos off-road e belas disputas, não perca.

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