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E foi nessa visita, em 8 de junho de 2011, que a coleção particular de João Carlos Ignaszewski, de 70 anos, recebeu a chancela oficial do Grupo BMW. “Para mim é o reconhecimento de uma vida”, afirmou. Até então o seu João, como é carinhosamente chamado, fez tudo sozinho, sem nenhuma ajuda da marca alemã. Tudo começou, é claro, com a paixão por motocicletas, quando a idade ainda não credenciava o jovem João Carlos a tirar a carteira de habilitação.
Ele tinha 17 anos e já perturbava sua mãe com camisas sujas do óleo que espirrava da corrente de suas motos. Cansada de lavar as roupas do filho chapiscadas de graxa, a mãe intimou João Carlos a dar um fim nessa rotina. Intrigado com a imposição, João Carlos, sem querer, notou que um modelo alemão não tinha corrente e achou sua solução. “Minha mãe se cansou de lavar minhas camisas brancas e eu tive que passar a lavá-las. Até que um dia vi uma moto BMW com eixo-cardã, fiquei fascinado”, admitiu seu João.
O Museu
Muito tempo se passou e o fascínio por motocicletas da BMW só cresceu. Até que em 1975, João Carlos Ignaszewski adquiriu sua primeira raridade, uma R 61, fabricada em 1938. Sem muita pretensão e com o orçamento não muito elástico, João Carlos passou a se atentar aos modelos antigos da marca bávara.
Hoje são 40 motocicletas, dispostas em dois andares que somam 700 m². Cuidadosamente posicionadas, os modelos da década de 20 até o final dos anos 50 ficam no andar superior. Já no andar inferior estão os modelos da década de 60 até o final dos anos 90.
O interessante no Museu de Motocicletas BMW de Curitiba, além da exclusividade, é que todas as motos funcionam como relógios suíços. Acompanhado pelo seu João, este jornalista que vos escreve teve a oportunidade de ver, ao primeiro “kick” no pedal, motocicletas antiguíssimas funcionando com perfeição. Seja o modelo mais antigo, uma R 32, de 1923, ou a mais rara do salão, uma R 17, ano 1937, que só teve 430 unidades fabricadas.
O entusiasmo era tanto, que o seu João montou em uma R 62, de 1929 e, além de dar a partida, buzinou, deixando todos pasmos. Muitas destas raras motocicletas ficaram anos paradas até serem restauradas. Esse é o caso da R 17. Seu João tem um carinho muito especial por este modelo, já que está com ele há 25 anos. Em 1986 foi até o Uruguai procurar peças e motos antigas e foi nessa viagem que a R 17 foi comprada. Para se ter uma ideia, o modelo de 1937 era o topo de linha na época, como se fosse uma K 1600 GTL de hoje.
Por 22 anos a R 17 ficou parada em sua garagem, até que em 2008 começou a ser restaurada. Dois anos depois a raridade estava pronta, impecável e hoje é, talvez, a maior estrela do museu. Ao apresentá-la, seu João fez questão de dar a partida. Um chute no pedal e pronto! Parece que voltávamos ao século passado. A moto ligou de primeira e trouxe um sorriso nostálgico ao rosto do apaixonado colecionador.
Homenagem
Depois da visita “oficial” ao Museu de Motocicletas BMW de Curitiba, o diretor-geral, Hendrik von Kuenheim, e o diretor-presidente da BMW do Brasil, Henning Dornbusch, fizeram um discurso político. Entre dados de vendas, o sucesso do modelo G 650 GS montado em Manaus, em parceria com a Dafra, e o anúncio da nacionalização da F 800 GS, o destaque foi a homenagem prestada ao seu João e a sua incrível coleção.
Para eternizar o inesquecível 8 de junho de 2011 na vida de João Carlos, a BMW lhe deu de presente a primeira motocicleta montada fora da Alemanha, uma G 650 GS. O Grupo BMW tinha guardado este modelo histórico pensando em alguma promoção, mas nada mais justo do que presentear quem construiu um museu de motos da marca sozinho. E, se hoje o modelo não tem valor para muitos, ela é o reconhecimento de toda uma vida dedicada à preservação da história das motocicletas.
Serviço
Museu de Motocicletas BMW de Curitiba
Rua José Naves da Cunha, 144, Seminário, Curitiba (PR)
(41) 3274-6806
As visitas devem ser agendadas pelo site - www.museubmwcuritiba.com.br
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