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A nova SP já nasce com uma missão. Com ela, a Honda tem a oportunidade de testar a receptividade do público às mudanças estéticas, antes de incorporá-las no modelo standard, que deve ser apresentado ainda neste ano, em Milão. Assim, a moto traz faróis em LED mais modernos e angulosos, que terminam em entradas de ar acentuadas e linhas reestilizadas na carenagem e no tanque de 16 litros feito em titânio.
O metal, escolhido por sua leveza, também está presente no escape, mais comprido e que, segundo a Honda, auxilia na centralização de massa. A nova rabeta com linhas angulosas orna melhor com o assento monoposto dessa versão, criando o aspecto de peça única com a tampa que substitui o assento da garupa. Bem na ponta, a nova lanterna – também em LED – mantém a proposta discreta e minimalista do design.
Mais leve e mais potente
A nova Fireblade SP conserva a arquitetura de motor tetracilíndrico em linha de 999 cm³. Mas as cabeças dos cilindros foram remodeladas para aumentar a taxa de compressão para 13:1. O resultado: 10 cv a mais gerados pelo propulsor que agora produz até 191 cv a 13.000 rpm. O torque também aumentou para 11,6 kgf.m disponíveis em 10.500 giros.
Segurar toda essa cavalaria é trabalho dos freios Brembo de pinças monobloco de fixação radial, auxiliadas pelo sistema ABS. A moto ainda traz sistema quickshift, que permite subir marchas sem apertar o manete. A embreagem, aliás, é do tipo deslizante e recebeu assistência eletrônica para tornar as mudanças no câmbio de seis velocidades mais suaves.
Além de aumentar a potência, a Honda diminuiu o peso da moto. Começando pelo quadro diamante de dupla trave, feito em um composto de alumínio. As novas rodas com raios em “Y”, que calçam pneus Bridgestone com medidas 120/70ZR17 na dianteira e 190/50ZR17 na traseira, também são feitas em alumínio. Um novo subquadro também foi concebido para ajudar na concentração de massas e também é mais leve e rígido, assim como a balança. A CBR 1000RR SP agora pesa 195 kg em ordem de marcha, 15 kg a menos do que o modelo anterior.
Controle total
Para cumprir a promessa de oferecer controle total, a Honda investiu em tecnologia. Alguns itens, inclusive, vieram diretamente da RC 213V-S, versão de rua do modelo que compete na MotoGP, como o acelerador eletrônico Throttle By Wire (TBW). Praticamente todos os parâmetros da superbike são ajustáveis. Desde os três modos de pilotagem até a intensidade de atuação do freio-motor. Passando, claro, pelas suspensões eletrônicas Öhlins, com curso de 120 mm no garfo dianteiro invertido e 60 mm no monoamortecedor traseiro.
Entretanto, a mágica está em como todo o sistema opera em conjunto. A nova Unidade de Medição Inercial (IMU) conta com um giroscópio instalado abaixo do assento, que recolhe informações da moto em cinco eixos diferentes. Com base nos dados, ela calcula o quanto da potência solicitada pelo acelerador eletrônico irá para a roda traseira, a atuação do ABS de acordo com o ângulo de inclinação e a carga de amortecimento necessária para manter ambas as rodas em contato com o piso. Todo esse equipamento ainda conta com o auxílio de um amortecedor eletrônico de direção para assegurar uma pilotagem suave, mesmo quando levada ao limite.
A definição de limite é algo que a nova CBR 1000RR SP pretende mudar. Se antes atingi-lo era uma exclusividade de pilotos muito hábeis, agora trata-se de uma meta alcançável com muita segurança e diversão. Como traduz Masatoshi Sato, líder do projeto que deu origem á nova CBR SP. "Todas as superesportivas de 1000cc são exemplos extraordinários de engenharia de alta performance. Mas, na nossa nova Fireblade, queremos que o extraordinário mesmo seja o prazer do piloto em controlá-la”, comenta o chefe da Honda reiterando que a moto promete sensação incomparável e ainda assim simples, baseada na pura alegria de pilotar.
CBR 1000RR SP2, ainda mais racing
Para quem ainda quer mais do que uma CBR 1000RR Fireblade SP para o trackday perfeito, a Honda oferece a versão SP2. Também apresentada em Colônia, traz rodas Marchesini e ajustes finos nos pistões, câmaras de combustão e nas válvulas para otimizar o desempenho. Com produção limitada a 500 unidades, a Fireblade SP2 ainda terá dois kits de competição para uso exclusivo em pistas feitos pela HRC.
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