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Um evento previsto para acontecer nos Estados Unidos, em 13 de setembro, batizado de “The Ninja Times Square Takeover”, apresentará publicamente a nova Ninja 300 e a renovação de um modelo de média cilindrada, provavelmente a ZX-6R. Mas voltemos à nova Ninjinha. Além do visual agressivo totalmente inspirado na superesportiva ZX-10R, a mini esportiva da Casa de Akashi contará com um propulsor totalmente redimensionado, agora com 296 cm³ e 39 cv, freios ABS opcionais, e até uma embreagem deslizante, característica de esportivas de 1.000 cc.
Muitas novidades elevam a Ninja 300 a outro patamar. Mas a melhor notícia é que ela estará ao alcance do consumidor brasileiro. Assim como toda a linha da marca verde, antes de um lançamento a Kawasaki realiza promoções do modelo que ficará defasado. No mês passado, a Kawasaki Motores do Brasil reduziu o preço da Ninja 250R de R$ 15.550 para R$ 13.990, um forte indício de que a nova Ninja 300 chegará até o final deste ano em solo brasileiro – a Kawasaki Brasil não confirma o lançamento, mas a Ninja 300 foi testada e já está homologada para rodar em nosso País.
Mais Ninja
Desde seu lançamento, a Ninjinha chegou com a proposta de ser uma motocicleta esportiva de entrada para o motociclista. Agora, com a nova Ninja 300, a Kawasaki parece afinar seu modelo para oferecer uma moto com cara e alma esportiva ao seu consumidor, de perfil jovem e estilo arrojado.
Com design inspirado na superbike ZX-10R e farol duplo, o volume da Ninja 300 fica concentrado na parte frontal da motocicleta. Os piscas dianteiros incorporados à carenagem e a nova saída do escapamento também deixam clara a intenção da Kawasaki em remetê-la à sua esportiva de 1.000 cm³. O novo modelo traz novas rodas com desenho mais atual e um painel reformulado com display digital junto do conta-giros analógico.
Há também um chassi mais rígido e pneu traseiro mais largo (de 140 mm em vez de 130 mm), além de um assento – bipartido – dianteiro mais estreito, priorizando a tocada mais esportiva, mas sacrificando o conforto.
Já os freios mantiveram as especificações da Ninja 250: disco em forma de pétala de 290 mm na dianteira e 220 mm na traseira, ambos com pinça de dois pistões. A diferença é que agora há a opção do sistema de freios ABS. O garfo telescópico dianteiro e a suspensão monoamortecida ajustável na traseira completam o conjunto ciclístico da nova Ninja 300.
Novidades mecânicas
O novo motor de 296 cm³ tem dois cilindros paralelos, oito válvulas e refrigeração líquida. Para o aumento da capacidade cúbica, o curso dos pistões foi alterado – de 41,2 para 49 milímetros – e a Ninja 300 agora tem cilindros em alumínio, assim como as motocicletas maiores da Casa da Akashi.
Com essas novidades, o propulsor passa a oferecer 39 cv de potência a 11.000 rpm e um torque de 2,8 kgf.m máximo nas 10.000 rpm. Esses números evidenciam a preocupação da Kawasaki em melhorar a pilotagem urbana, uma condição crítica no modelo atual.
O câmbio de seis marchas atua em conjunto com a embreagem deslizante que, na teoria, torna o acionamento do manete esquerdo mais leve e evita o travamento da roda traseira nas reduções de marcha, característica sempre presente nas superesportivas de um litro.
Ainda preocupada com o comportamento da nova Ninja no trânsito urbano, a Kawasaki encurtou a primeira marcha e alongou a sexta e a relação secundária – a coroa está com 42 dentes em vez de 43 para melhorar a velocidade final. Todas as alterações deixaram a Ninja 300 três quilos mais pesada (172 kg) em relação a Ninja 250 presente em nosso mercado.
Concorrência
A concorrência no segmento das mini esportivas está cada dia mais disputado. Somente neste ano foi lançada a Honda CBR 250 R e a Dafra Roadwin 250, que agora dividem as atenções dos consumidores com as veteranas Kawasaki Ninja 250 e Kasinski Comet GT 250R. Segundo dados de emplacamento da Fenabrave, a Honda já comercializou 544 unidades da CBR 250 R no mês de agosto, sendo a moto mais vendida do segmento no mês passado.
A Ninja 250 vem logo atrás com 289 unidades emplacadas, seguida pela Kasinski 250R, que comercializou 222 motos em agosto. Mas no acumulado do ano, a líder da categoria continua sendo a Ninhjinha, com 2.319 licenciadas, contra 1.879 unidades da Honda. A nova Ninja 300 tem tudo para potencializar ainda mais as vendas da Kawasaki neste segmento, dependendo, é claro, do preço que a marca praticará no Brasil pelo novo modelo.
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