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Nova Triumph Street Scrambler une estilo e versatilidade - Vídeo

14/07/2017 - 15:52 - Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO - FOTOS: Renato Durães / Agência INFOMOTO
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Mais nova integrante da família de clássicas modernas da Triumph a desembarcar no Brasil, a Street Scrambler une estilo retrô com uma pitada de versatilidade. Com rodas raiadas, pneus de uso misto, pedaleiras altas e guidão largo o novo modelo tem visual inspirado nas primeiras motos off-road da década de 1950. A Scrambler inglesa pode não ser uma aventureira capaz de ir à Patagônia, mas até encara uma estrada de terra. Equipada com freios ABS e controle de tração, custa R$ 41.990. 
 
Com a mesma base mecânica de suas irmãs – Street Twin e Street Cup – a Scrambler ganhou um novo ajuste no motor bicilíndrico de 900cc e arrefecimento líquido. A sensação é que há mais torque em baixas rotações, com acelerações mais vigorosas e força suficiente para rodar com uma marcha mais alta em baixos regimes – mudança que reforça sua “vocação” fora-de-estrada.
 
A parte ciclística também foi adaptada à proposta da moto. Construída sobre o mesmo chassi, a Street Scrambler ganhou novo acerto na suspensão dianteira e amortecedores mais longos na traseira. Embora o ajuste de compressão e retorno tenham sido revisados, o garfo telescópico KYB tem o mesmo curso (120 mm) que as outras Bonneville de 900cc. 
 
A roda dianteira de maior diâmetro – 19 polegadas – é outro auxílio para enfrentar os maus caminhos. Raiadas, as rodas são calçadas com pneus Metzeler Tourance EXP (com câmara), normalmente vistos em motos aventureiras, nas medidas 100/90-19, na frente; e 150/70-17, atrás.
 
Ágil e divertida
 
Antes de avaliar os atributos da Street Scrambler para rodar em uma estrada de terra foi preciso sair da cidade de São Paulo (SP) rumo ao interior do Estado. O bem escalonado câmbio de cinco marchas e o torque de sobra ajudam essa clássica inglesa a rodar com suavidade e sem esforço em meio ao trânsito. Pode-se engatar terceira ou quarta marcha e se esquecer do pedal de câmbio: basta girar o acelerador para que o motor responda prontamente. O torque máximo de bons 8,16 kgf.m já está disponível a 3.230 rpm, o que significa acelerações vigorosas e divertidas. 
 
Com guidão mais largo e uma distância entre-eixos (1.446 mm) maior do que a Street Twin, a Scrambler muda de direção com mais facilidade. Uma vantagem para costurar entre os carros. Mas, cuidado, assim como outras motos trail pode “fechar” o guidão em manobras mais lentas. Mas o assento baixo (a apenas 79 cm do solo) evita tombos bobos.
 
Já na estrada, o motor de alimentação irrepreensível funciona como um “relógio”, sem engasgos ou buracos na aceleração. Com os braços abertos e de peito para o vento, a velocidade ideal para rodar sem cansar é até 140 km/h. E a potência, 55 cv a 5.900 rpm, não é de impressionar, mas o suficiente para se divertir.
 
Sem proteção aerodinâmica, rodar em velocidades mais altas compromete o conforto e cansa. O banco, largo e mais macio do que em suas irmãs, acomoda bem o piloto em viagens curtas, mas não seria indicado para trajetos muito longos. Mas também nem é essa a vocação da Scrambler. 
 
Em nossa avaliação, feita na cidade e na estrada, a média de consumo foi de 22 km/litro, projetando uma autonomia de 260 km, graças a capacidade do seu tanque de 12 litros. 
 
Nas curvas da Estrada dos Romeiros, entre Itu e Pirapora do Bom Jesus, impressiona a “obediência” da Street Scrambler: basta um leve toque no guidão e pouca força na pedaleira para ela deitar na entrada de curva. Ir de um lado para outro nos “esses” da bela rodovia é pura diversão. 
 
Voos mais altos
 
Mas foi preciso levar a Street Scrambler ao alto do morro da Capuava, local conhecido dos praticantes de voo livre, para testar as habilidades “off-road” do modelo. Uma estrada de terra contorna as encostas do morro até o pico de 950 metros de altitude. Com chão batido e poeira no início, foi preciso desligar o controle de tração para poder “brincar” com a Scrambler. Mas quem dosar o acelerador pode pilotar com a segurança do sistema.
 
Em desníveis menores a suspensão dá conta do recado. Mas, no final da estrada, há algumas valetas e muitas pedras. Em um obstáculo maior, nota-se que falta curso na suspensão, mas afinal a clássica Triumph não é uma trail, mas uma Scrambler. Para a proposta até que se sai muito bem na terra. Os apliques de borracha no tanque ajudam a pilotar em pé e pode-se retirar as coberturas das pedaleiras para que elas fiquem como em uma moto off-road.
 
A unidade testada tinha o banco e as pedaleiras da garupa instaladas. Mas é possível retirá-las para aliviar o peso e instalar um rack de alumínio, já incluso no modelo. 
 
Estilo cumpre a função
 
Entre os três modelos de 900cc da linha Bonneville, a nova Street Scrambler tem o estilo que mais chama a atenção – e também o que mais me agrada, mas se trata de gosto pessoal. Entretanto, a grande sacada da nova clássica da Triumph é justamente que o estilo cumpre sua função. 
 
O guidão largo torna a Scrambler mais ágil. A roda maior vai bem na terra, assim como os pneus. Detalhes como o protetor de cárter que, embora seja de plástico é melhor do que nada; as borrachas no tanque e as pedaleiras mais largas foram pensados para ampliar a versatilidade do modelo. Até mesmo o painel conta com um conta-giros digital para ajudar a controlar o torque do motor. 
 
Por R$ 41.990, a nova Triumph Street Scrambler está no mesmo patamar das concorrentes – ou seja, a família Ducati Scrambler – e oferece estilo com a possibilidade de ir um pouco além. Claro que há o incômodo, principalmente no trânsito urbano, do calor do escapamento elevado, assim como havia nas antigas motos adaptadas para o off-road. Mas, como diz o ditado, “não há gosto que não custe”.
 
Ficha Técnica - Triumph Street Scrambler 2017
 
Motor bicilíndrico, SOHC, oito válvulas, arrefecimento líquido
Capacidade cúbica 900 cm³
Diâmetro x curso 84,6 mm x 80 mm
Potência máxima (declarada) 55 cv a 5.900 rpm
Torque máximo (declarado) 8,16 kgf.m a 3.230 rpm
Câmbio Cinco marchas
Transmissão final corrente
Alimentação Injeção eletrônica
Partida Elétrica
Quadro Berço de aço tubular
Suspensão dianteira Garfos telescópicos Kayaba com 120 mm de curso
Suspensão traseira Duplo amortecedor Kayaba com 120 mm de curso e ajuste da pré-carga de mola
Freio dianteiro Disco simples de 310 mm de diâmetro, pinça flutuante de dois pistões e ABS
Freio traseiro Disco simples de 255 mm de diâmetro, pinça flutuante de dois pistões
Pneus 100/90-19 / 150/70-17 
Comprimento 2.178 mm
Largura 831 mm
Altura 1.120 mm
Distância entre-eixos 1.446 mm
Distância do solo Não disponível
Altura do assento 792 mm
Peso a seco 206 kg
Tanque de combustível 12 litros
Cores Jet Black, Matt Khaki Green e Korosi Red/Frozen Silver
Preço sugerido R$ 41.990
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