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Novo Citroën C3 chega por R$ 39.990

08/08/2012 - 08:05 - Automotive Business
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Desde o início do projeto do novo Citroën C3, em 2009, 450 profissionais se envolveram diretamente em sua criação, que consumiu R$ 400 milhões. O carro utiliza o desenho do modelo europeu, mas é produzido no Brasil sobre uma nova plataforma. Batizada BVH1, ela começou a ser utilizada no Citroën Aircross e depois no C3 Picasso. “É nossa mais recente plataforma compacta”, disse o presidente da PSA Citroën para o Brasil e América Latina, Carlos Gomes. A nova arquitetura estará também no Peugeot 208, que começa a ser produzido no fim deste ano.

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“No C3, powertrain e suspensão são novos. Foi feito um trabalho acústico exigente. O carro prima pelo equilíbrio. Seus concorrentes diretos vêm de fora do Mercosul”, diz Gomes. O Ford New Fiesta hatch é um dos inimigos a combater. Vem do México. Outro é o Sonic, que ainda é trazido da Coreia do Sul, mas deve começar a ser importado também do México até o fim do ano.

O novo C3 chega às revendas ainda em agosto a partir de R$ 39.990 na versão Origine, dotada de série de airbags, freios ABS e de um novo motor 1.5 flex que produz até 93 cv quando abastecido com etanol. A seguir vem a opção Tendance, também 1.5, com tabela de R$ 43.990. Em sua lista de itens o carro traz o para-brisa Zenith, lançado nesta nova geração do C3.

A superfície de vidro se prolonga sobre os bancos dianteiros e resulta em ganho de visibilidade. A maior ou menor quantidade de luz pode ser dosada pela forração interna, que corre para frente e para trás levando consigo os para-sois (veja nas fotos abaixo). As outras duas opções são Exclusive VTi 120 manual (R$ 49.990) e automática de quatro marchas (R$ 53.990), equipadas com motor 1.6 de 16 válvulas FlexStart, que rende até 122 cv quando abastecido com etanol. O para-brisa Zenith também está nas versões Exclusive.

A fábrica de Porto Real opera em três turnos para produzir este e outros modelos do grupo PSA Peugeot Citroën. Em julho foram feitas cerca de mil unidades do novo C3. Neste mês de agosto serão 2,5 mil, aproximadamente. De setembro em diante serão entre 3 mil e 4 mil Citroën C3 ao mês.

A produção anual será de 50 mil unidades e a média mensal estimada para o mercado brasileiro, de 3,4 mil carros. O volume excedente irá para outros países do Mercosul, como Argentina, Chile e Uruguai. O modelo anterior, vendido desde 2003 no Brasil, deixa de ser produzido neste mês após 240 mil unidades. Não teve nenhuma grande reestilização, mas formou, segundo a PSA, uma clientela fiel. A nova geração tem aparência e detalhes mais esportivos e deve atrair mais compradores do sexo masculino.

O C3 que chega agora rodou muito em testes gerais, especialmente no Estado do Rio de Janeiro, onde fica a fábrica. “As suspensões do novo carro receberam modificações significativas. Na dianteira, as torres da dianteira são novas, a barra estabilizadora foi redimensionada e os semieixos também são novos”, afirma o coordenador de engenharia de chassi, Paulo Silva. “A direção tem assistência elétrica mais moderna que aquela aplicada no carro anterior, com calibração para o mercado nacional”, diz Silva. O eixo traseiro foi adaptado do Aircross, com molas e amortecedores novos. Os freios foram desenvolvidos para redução do torque residual de frenagem. Os traseiros são fornecidos pela Continental, que também equipa os dianteiros do C3 1.5. A Bosch fornece os freios dianteiros das versões Exclusive. O sistema antitravamento (ABS) é da Continental.

O novo motor 1.5 é também um dos destaques do lançamento. Ele deriva do antigo 1.4. “Sua cilindrada aumentou por causa do virabrequim de maior curso, que é o mesmo aplicado no motor 1.6”, afirma o engenheiro Marcelo Capella. “As bielas têm outro desenho. Ficaram mais leves e resistentes. Os pistões têm saias menores e receberam tratamento ‘low friction’, que reduz o atrito contra as paredes dos cilindros. A técnica de brunimento dos cilindros também é nova. É aplicada nos dois motores”, diz Capella.

O 1.5 também recebeu em seu coletor de admissão uma rampa de partida a frio integrada. Com isso, a gasolina para as partidas a frio é injetada mais perto das válvulas de admissão. A bomba d’água e a embreagem foram redimensionadas e a válvula termostática agora é controlada eletronicamente.

Citroën utilizou no C3 uma plataforma semelhante à do Aircross e realizou mudanças importantes nas suspensões. Motor 1.5 deriva do 1.4, mas recebeu várias melhorias. Citroën aplicou 33 quilos de material “verde” em seu novo carro de entrada (fotos: Mário Curcio).

Automotive Business andou num C3 Tendance 1.5 pelas avenidas de Brasília, o que impediu uma avaliação mais precisa em acelerações e retomadas, especialmente em subidas. O desempenho geral parece aceitável, mesmo com ar-condicionado ligado.

A posição de dirigir é boa e a empunhadura do volante também. O espaço traseiro tem algum conforto, mas continua acanhado para três pessoas. O porta-malas tem agora 300 litros, 5 litros a menos que o do C3 antigo. A perda de espaço foi maior com os bancos rebatidos. Antes havia 1.155 litros, valor que caiu para 1.000 litros. Os dados são da própria montadora.

O C3 recebeu a letra A (a melhor possível) pelo plano brasileiro de etiquetagem veicular. Com etanol, fez 7,5 km/l na cidade e 9,3 km/l em estrada. O carro tem três anos de garantia e plano de revisões com os mesmos preços da versão anterior.

33 quilos de material verde

Em 2009, o objetivo era aplicar neste novo C3 15 quilos de material verde, produzido a partir de matéria-prima reciclada. Seis meses atrás, esse número saltou para 33 quilos: “Fizemos o desenvolvimento com nossos fornecedores. Eles empregam matéria-prima reciclada no Brasil”, afirma o engenheiro de materiais, Norman Penedo.

Esse material verde é formado por plástico moído ou granulado, retalhos de PVC, flocos de garrafas PET, fibras de madeira, retalhos de tecido. A aplicação desses materiais ocorre em tapetes, revestimentos internos, apoios de braço, porta-pacotes (aquele tampão que recobre o porta-malas), defletores de ar e tapete do porta-malas, entre outros itens.

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