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Polo Sedã automatizado sai por iniciais R$ 45.800

22/02/2010 - 15:52 - Mário Salgado
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Lançado em julho de 2009, o Polo (nas versões hatchback e sedã) foi o primeiro carro da Volkswagen no Brasil a ter o câmbio automatizado. Durante uma semana, testamos o 3 volumes pelas ruas e estradas de Campo Grande e do interior.

O carro testado é a versão Comfortline, com transmissão automatizada e equipada com motor 1,6-litro de 101 cv de potência máxima a 5.250 rpm, quando abastecido a gasolina, e de 104 cv, quando usa álcool. O torque do conjunto é de 151 Nm (gasolina) e 153 Nm (álcool). Motor, inclusive, que é o mesmo para todas as versões. Esse carro que você vê no vídeo e nas fotos é o topo de linha com todos os opcionais possíveis, que o deixam com um preço um pouco elevado. Com comando das marchas por meio de borboletas atrás do volante, som com entrada USB e leitor de MP3 e comando no volante, sensor de estacionamento, retrovisor interno sensível à luz, entre outros detalhes deixam o carro com o valor final de R$ 53.304 aqui em Campo Grande. A versão Plus, somente com ar condicionado de direção hidraúlica, sai por R$ 45.893.

Automatizando tudo

Assim como nos modelos da Fiat, a transmissão ASG tem a alavanca posicionada no console central. Ela permite ao motorista realizar trocas de marcha, selecionar a marcha à ré e alternar entre os modos de comando manual e automático. Junto à alavanca há indicações para o posicionamento: N, para o ponto morto; D, para Drive; M, de Manual; R, de Ré; e os sinais + e -, indicando o sentido do aumento ou redução das marchas. Ao lado da alavanca, uma tecla com a identificação “S” permite alterar a programação do sistema para uma condução mais esportiva.

Como é o robô que trabalha por você?

A Volkswagen batizou a sua transmissão, também fabricada pela Magnetti Marelli, de ASG (Automated Sequential Gearbox). Trata-se de uma caixa de câmbio tradicional, com cinco marchas, que tem o comando manual substituído por um conjunto de atuadores eletroidráulicos, comandados por uma central eletrônica. O sistema permite que o motorista faça trocas de marcha sequencialmente, sem necessidade de acionar a embreagem, através da alavanca localizada no console ou utilizando acionadores tipo borboleta (shift paddles) posicionados junto ao volante. A ASG também pode ser usada de modo totalmente automático.

Para reduzir a sensação de “gangorra” na hora das trocas, a Volkswagen trocou alguns componentes internos do câmbio. Com o objetivo de diminuir o impulso durante as trocas foram reduzidas as relações da segunda, terceira e quarta velocidades. Apenas a primeira e a quinta marcha permaneceram idêntica à original.

Outra modificação ocorreu na embreagem, ela ganhou um disco mais resistente por atuar com maior frequência. Tanto que existe uma luz de alerta que avisa em caso de superaquecimento da peça.

Como todas as ações, sejam elas automáticas ou determinadas pelo usuário, são transmitidas eletricamente, a Volkswagen revestiu todos os elementos de contato com ouro, metal resistente à corrosão. Já os conectores tiveram o espaço interno preenchido por uma resina que evita a entrada de umidade ou poeira.

Ao volante

Como as relações intermediárias são bem curtas, dá para notar que o Polo se preocupa com a economia. Rodando no modo totalmente automático, a 5ª marcha fica engatada a maior parte do tempo. Aos 80 km/h ela já está espetada. Ao contrário do Dualogic, o ASG sobe as marchas para frente, por meio da alavanca, e as reduz para trás. O esquema é melhor, uma vez que o movimento natural do corpo pede a “subida” de marcha à frente.

No modo “S”, acionamento feito por meio de botão, o carro fica mais arisco e estica melhor as marchas, porém nada como utilizar o modo manual quando o assunto é efetuar ultrapassagens. Durante o teste rodamos com o Polo em pitas simples de duas mãos. Se a decisão de ultrapassar um caminhão não for segura, o robô pode lhe deixar na mão. A segurança nesta situação não é a mesma que a oferecida por um câmbio totalmente manual. Tudo é uma questão de hábito. Apesar disso, existe a função “kick down”, um recurso para aumentar rapidamente a aceleração. Mas ela oferece um incomodo degrau para que o motor comece reagir. Segundos em uma pista simples são cruciais.

Para alternar entre o modo automático e o manual, o motorista precisa apenas deslocar a alavanca para a esquerda, tanto com o carro parado (desde que o motor esteja ligado) ou em movimento. A vantagem é que mesmo utilizando o câmbio no modo manual, o carro reduz as marchas quando você pára. Nessas situações, o sistema faz as reduções gradualmente e, quando o carro estiver imobilizado pelo pedal de freio, a embreagem assume a posição aberta e a primeira marcha é engatada, deixando o veículo pronto para a próxima saída.

Assim como no Dualogic, no Polo não é possível engatar a marcha à ré sem pisar no pedal de freio. A evolução do sistema robotizado que não lhe permite manobras rápidas fica por conta apenas do aviso sonoro. No caso do da Volkswagen não há apitos ensurdecedores, mas sim apenas uma informação no painel. Na tela digital também são exibidas todas as movimentações do câmbio ASG. Lá aparece o posicionamento da alavanca (N, R ou D) e a marcha utilizada no momento. Caso o sistema esteja sendo usado no modo manual, a letra M é iluminada no console e, no painel, aparece apenas a indicação da marcha.

Desempenho

O sedã tem o peso em ordem de marcha de 1.126 kg e a capacidade de carga é a mesma do hatch, 475 kg. O volume do porta-malas é de 432 l, algo que comporta muito bem bagagem para 4 pessoas. O Polo Sedã é um pouco mais lerdo que o hatch: ele acelera de 0 a 100 km/h em 11,4 s. Como também é mais pesado, a sua relação peso/potência também é mais alta: 10,8 kg/cv com álcool.

Durante nosso teste, utilizamos gasolina para andar na cidade e álcool para estrada. no trecho urbano a média de consumo ficou na casa do 10,5 km/l. Já na estrada, essa média ficou na casa dos 11 km/l, com o combustível verde.

FICHA TÉCNICA – VW Polo I-Motion

MOTOR Quatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, refrigeração a água, 1.598 cm³
POTÊNCIA 101 cv (gasolina) e 104 (álcool) a 5.200 rpm
TORQUE 151 Nm (gasolina e álcool) de 2.500 rpm
CÂMBIO Automatizado de cinco velocidades
TRAÇÃO Dianteira
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira; eletro-hidráulica
RODAS Aro 15”, de liga-leve
PNEUS 195/55 R15 na dianteira e na traseira
COMPRIMENTO 3,92 m (Sedan 4,19 m)
ALTURA 1,50 m
LARGURA 1,65 m
ENTREEIXO 2,47 m
PORTA-MALAS 250 l (Sedan 432 l)
PESO (em ordem de marcha) 1.105 kg (Sedan 1.126 kg)
TANQUE 50 l
SUSPENSÃO Dianteira independente, tipo MacPherson; traseira interdependente, tipo barra de torção
FREIOS Discos ventilados na dianteira e tambor na traseira
CORES 
PREÇO  R$ 45.893 (Plus) e R$ 53.304 (Comfortline completo)

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