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Direto de Londres, onde acompanha as Olimpíadas, a presidente Dilma chegou a ameaçar antecipar o fim da redução do IPI sobre os carros. "Essa redução foi específica para manter empregos. Se isso não acontece, não tem porque manter", afirmou a presidenta.
A organização ressaltou que o último levantamento sobre o desempenho do setor relativo ao mês passado, indicou aumento das contratações, com a criação de 1,9 mil vagas - o que pode ser anulado caso a General Motors confirme as demissões de até 2 mil trabalhadores em sua fábrica de São José dos Campos (SP), onde deixou de produzir os modelos Corsa, Meriva e Zafira.
Segundo a Anfavea, a base de trabalhadores passou de 145 mil, em maio, para 146,9 mil, em junho, depois de ter ficado praticamente estável nos meses anteriores. Em março, houve leve crescimento, de 145 mil para 145,1 mil, e em abril, para 145,2 mil.
GM de São José
A Anfavea admite que, isoladamente, existem problemas que envolvem o segmento de caminhões e as mudanças na General Motors. É na GM que há um embaraço sobre o qual o governo federal quer explicações, em encontro marcado para a próxima terça-feira, em Brasília, que terá presença de executivos da associação .
A GM está com excedente de mão de obra após decidir desativar parte do polo industrial de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Três dos quatro modelos de carros de passeio que eram fabricados pela montadora naquela planta deixaram de ser produzidos. A desativação começou no último dia 12 pela linha da minivan Zafira. Na semana passada, parou de ser produzida a Meriva e, na última quarta-feira, o Corsa Hatch. Apenas foram mantidas as atividades de produção do Classic.
Para minimizar os efeitos da desativação do polo de São José dos Campos, a empresa realocou 170 metalúrgicos para a linha de montagem da picape S10, que fica no mesmo complexo industrial. Também foi lançado um Programa de Demissão voluntária (PDV) em duas etapas, mas a adesão foi pequena, com a saída de 356 empregados.
A GM não confirma o número de postos ociosos, porém, o sindicato da categoria diz que há 1,5 mil metalúrgicos sob o risco de demissão. Em audiência na quinta-feira, 26, com representantes do Ministério Público do Trabalho, da empresa e dos trabalhadores, não houve nenhum avanço sobre a questão e ficou agendada uma rodada de negociações para o próximo dia 4 de agosto.
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