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Presidente da Abimei reprova aumento de IPI para importados

21/09/2011 - 10:37 - Redação
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A decisão do governo de elevar o IPI para veículos importados e montadoras nacionais que não atenderem à exigência de 65% de componentes nacionais e de fazer investimentos em inovação tecnológica desagradou Ennio Crispino, presidente da Abimei, a Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais. “Apesar de embutir um possível aumento de investimentos em máquinas-ferramenta, inclusive importadas, já que haverá aumento na produção de automóveis e autopeças, a medida configura-se como a volta do protecionismo e a prática comum de aumento de impostos”, afirmou em comunicado.

Crispino entende que o governo demonstrou falta de sensibilidade ao alterar as regras da importação de automóveis sem se preocupar com os importadores que estão com estoques elevados e veículos já embarcados para o país: “Quem nos garante que esta postura protecionista não será empregada para resguardar outros setores da competição dos produtos importados, já que a questão crucial do dólar barato é que está causando este desequilíbrio? Parece mais simples aumentar impostos e assim afetar o câmbio, artificialmente”.

Para o presidente da Abimei ainda não está claro como o Governo irá avaliar o índice de nacionalização de veículos fabricados no Brasil, além do que chamou de investimentos em inovação tecnológica. “Sem máquinas e equipamentos importados de alta tecnologia, dificilmente as montadoras, grandes fabricantes de autopeças e seus principais fornecedores conseguirão oferecer veículos e componentes de qualidade, com custos competitivos. Somente a indústria nacional de bens de capital não é capaz de suprir essas necessidades”, observou.

Segundo Crispino, a vocação brasileira é produzir máquinas de média complexidade tecnológica. “É uma questão de escala, o Brasil não tem volume para fabricar máquinas de alta tecnologia ou de baixa complexidade, porque o preço destas máquinas é ditado pelo mercado internacional”. Ele lembra ainda que a manutenção das taxas especiais do programa Finame PSI defende o fabricante nacional de bens de capital, dada a grande diferença para os juros de mercado que regulam financiamentos daqueles que necessitam adquirir equipamentos importados (taxas subsidiadas de 5,5% ao ano pelo Finame PSI contra 25% em média para máquina importada).

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