Primeiro dia do Sertões se desenrola em alta intensidade com problema no percurso

Logo na primeira especial do Sertões 2019, o maior rally das Américas, entra em ritmo de alta intensidade. A primeira especial da prova, que largou de Campo Grande rumo a Costa Rica (MS), foi concluída antes do final previsto para os UTVs e carros. Todas as motos e quadriciclos cumpriram normalmente o percurso planejado de 430km de trecho cronometrado. Os primeiros 27 UTVs (de um total de 53) também completaram o percurso.

Porém, logo depois do reabastecimento, a equipe Alfa, um dos três grupos de apoio técnico da organização, informou à direção de prova que o proprietário das terras por onde o Sertões estava passando havia suspendido a passagem dos veículos de competição. Como não havia tempo para uma negociação com o fazendeiro já que o resto dos UTVs e os carros vinham em ritmo de prova, a direção tomou a decisão de reduzir o tamanho da especial de Carros e UTVs no Km 248, bem perto da cidade de Camapuã.

Carros e UTVs tiveram portanto uma especial mais curta. Como parte dos UTVs completou o percurso previsto e um outro grupo teve uma especial mais curta os resultados desta categoria serão equalizados.

O Sertões largou de Campo Grande para uma jornada de quase 5.000 km rumo às dunas de Aquiraz (CE). As mudanças de percurso, seja por conta de obstáculos ou interferências externas de todo o tipo, são comuns nas provas off-road de longa distância. Elas acontecem na maioria das vezes pelo surgimento de obstáculos naturais, árvores caídas, quedas de barreira e etc. Ocasionalmente também surgem interferências externas de toda ordem como o fazendeiro que hoje suspendeu a passagem de parte dos veículos por suas terras. Ficaram muito famosas na história dos ralis as interrupções impostas ao Dacar até por grupos terroristas ou rebeldes armados. Foi exatamente por conta deste tipo de problemas que o Dacar deixou a África.

“Tomamos a decisão de concluir a especial após o reabastecimento porque o resto dos UTVs e os Carros vinham atrás e com isso não havia tempo hábil para negociar com os proprietários das terras. Foi a melhor opção em termos de segurança e também de logística da prova”, disse o diretor da prova Du Sachs.