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No comparativo com setembro do ano passado, que registrou produção de 322,4 mil unidades, o resultado é de baixa de 6,7%, enquanto o desempenho dos nove meses transcorridos deste ano aponta retração de 16,8% – 2,38 milhões em 2014 e 2,87 milhões no ano passado.
Na avaliação de Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, os resultados registrados até agora confirmam a tendência de melhoria do segundo semestre com relação ao primeiro: “Ainda precisamos esperar o próximo mês, mas o vetor agora aponta para crescimento, tanto é que setembro foi melhor que agosto em produção e licenciamento. As medidas de estímulo ao crédito começaram a surtir efeito ao longo do mês e esperamos que se intensifiquem ainda mais no último trimestre do ano”.
No licenciamento o aumento foi de 8,7% ao se comparar as 296,3 mil unidades de setembro com as 272,5 mil de agosto de 2014. Na análise com setembro do ano passado a retração foi de 4,4%, frente os 309,9 mil veículos comercializados naquele mês. No período acumulado de 2014, a queda é de 9,1% quando comparadas as 2,53 milhões de unidades deste ano com as 2,78 milhões em 2013.
As exportações em setembro deste ano, com 26,7 mil unidades, recuaram 15,6% quando comparado com as 31,7 mil do mês anterior e retraíram 41,2% ante as 45,4 mil unidades de setembro do ano passado. No acumulado do ano, 262 mil produtos deixaram o País, menor em 38,5% frente as 425,9 mil unidades de 2013.
Caminhões e ônibus
A produção no segmento de caminhões ficou 1,5% abaixo – foram 11,8 mil em setembro e 12 mil em agosto. No comparativo com setembro do ano passado, quando foram produzidos 16,9 mil caminhões, o decréscimo é de 30,3%. Nos nove primeiros meses de 2014 a baixa é de 23,6% – 112 mil este ano e 146,6 mil em 2013.
Já o licenciamento de caminhões em setembro fechou com 11,2 mil unidades, aumento de 3,7% em relação as 10,8 mil de agosto. Há redução, porém, na análise com o mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 12,7 mil unidades, o que indica queda de 11,9%. Nestes nove meses foram comercializados 99 mil caminhões, 13,9% inferior os 115,1 mil do ano passado.
Foram exportados até setembro 13,9 mil produtos, retração de 23,5% com relação as 18,2 mil unidades de 2013. Na comparação mês a mês, 1,6 mil caminhões deixaram o País, 6,3% a menos do que as 1,7 mil de agosto e 11,9% menor do que as 1,8 mil de setembro de 2013.
Já as exportações de ônibus em setembro registraram crescimento de 24,1% – foram 577 unidades no nono mês do ano e 465 em agosto – e decréscimo de 36% frente as 902 unidades de setembro do ano passado. No acumulado, o setor apresentou baixa de 28,3%, quando defrontadas as 4,9 mil unidades de 2014 com as 6,8 mil de 2013.
Ainda no período acumulado, a produção de chassis de ônibus diminuiu 12,2% este ano: 27,8 mil unidades em 2014 e 31,6 mil em 2013. Ao comparar setembro contra agosto, o setor registrou contração de 2,8% com 2,7 mil e 2,8 mil veículos fabricados e queda de 8,9% na análise contra o mesmo período do ano passado, com 3 mil unidades.
O licenciamento de ônibus apresentou estabilidade na análise de setembro ante agosto, ambos com 2,2 mil produtos. Já com relação as 2,7 mil unidades de setembro de 2013 a baixa é de 19,5%, enquanto no acumulado a retração é de 16,8% – quase 20 mil este ano e 24 mil em 2013.
Máquinas agrícolas e rodoviárias
As 6,6 mil máquinas comercializadas em setembro de 2014 representam crescimento de 2,2% em relação a agosto, quando foram comercializadas 6,5 mil unidades, mas queda de 10,4% no comparativo com as 7,4 mil unidades de setembro do ano passado. Até o nono mês deste ano foram vendidas 52,4 mil máquinas, baixa de 18% frente as 63,9 mil em 2013.
O segmento apresentou ligeira alta, de 1,8%, na exportação em setembro: 1,4 mil unidades saíram do País contra 1,3 mil de agosto. Já no comparativo com setembro do ano passado, quando foram exportadas 1,6 mil máquinas, o resultado foi inferior em 16,1%. Os dados até setembro apontam diminuição de 8,1% ao se comparar as 10,6 mil de 2014 contra as 11,5 mil do ano passado.
A produção de 6,6 mil unidades em setembro representa declínio de 18,5% com relação a agosto, com 8,1 mil produtos, e de 25,2% frente aos dados de setembro de 2013, quando foram fabricados 8,8 mil. A produção acumulada também registrou queda: recuo de 15,8% – 63,8 mil este ano e 75,8 mil no ano passado.
Frota de autoveículos
Na segunda-feira, 6, a Anfavea também apresentou estudo sobre o comportamento do licenciamento e da frota de autoveículos no Brasil nos últimos anos. O trabalho reforça o potencial de crescimento de mercado do País ao mostrar que o Brasil possui 5,4 habitantes por veículo, número superior do que os 3,7 da Argentina, 3,6 do México, 1,7 da Alemanha e 1,3 dos Estados Unidos.
Além disso, de uma lista de dez países com mais de dez milhões de veículos em sua frota, o Brasil fica em segundo lugar, atrás apenas da China, como o país que mais apresentou aumento em sua frota de 2007 a 2012 – o salto brasileiro foi de 7,8%.
Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o Brasil demonstra por meio destes números sua importância no contexto global: “Estes são claramente alguns dos indicadores de grande relevância na hora de um fabricante decidir investir em uma fábrica no País, pois demonstram que o potencial de crescimento brasileiro é muito alto. E este crescimento ocorre em todas as Regiões e Estados”.
A pesquisa mostra ainda a evolução do licenciamento no Brasil dividido por capitais e municípios do interior de cada região. Como exemplo, na Região Sudeste as vendas nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória subiram 22,9% de 2007 a 2013, enquanto que nas cidades do interior no mesmo período o acréscimo foi de 57,9%.
Em outra perspectiva, o mesmo estudo mostra ainda que 99,3% do total de 5.570 municípios brasileiros cresceram em vendas acima da média brasileira, que entre 2007 e 2013 foi de 53%. Outro ponto abordado pelo estudo é que na cidade de São Paulo, única com mais de 10 milhões de habitantes, o licenciamento aumentou 6% no período, enquanto que nas cidades com população de mais de 100 mil até 500 mil apresentaram crescimento de 73% e em lugares com até 5 mil pessoas a alta foi de 142%.
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