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Produção de veículos bate recorde no 1º quadrimestre

08/05/2013 - 15:03 - Redação, com informações do Automotive Business
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A produção de veículos alcançou recorde no primeiro quadrimestre de 2013, com 1,68 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O volume é 17% superior ao registrado entre janeiro e abril do ano passado. Os dados foram divulgados na terça-feira, 7, pela Anfavea, associação que reúne os fabricante do setor.

Só em abril a produção alcançou 340,8 mil veículos, com evolução de 6,8% sobre março e de 30,7% na comparação com o mesmo mês de 2012. Para Luiz Moan, presidente da entidade, o recorde foi resultado da combinação de dois fatores: “tivemos ajustes com a chegada de novos modelos no mercado e o Inovar-Auto também estimulou o ritmo das fábricas.”

Para o executivo, o novo regime automotivo já tem efeito na produção nacional apesar de ter entrado em vigor em janeiro e de ainda ter regulamentações pendentes. Ele explicou que o programa, de imediato, fez com que as empresas se esforçassem para ampliar as compras locais de autopeças e componentes, o que reflete na nacionalização de mais modelos. “O Inovar-Auto também estabilizou a participação dos importados no mercado nacional.”

Entre janeiro e abril, os veículos trazidos do exterior responderam por 20,6% das vendas no Brasil. Nos 12 meses de 2012 essa participação foi de 20,9%. Em 2011, esse porcentual chegou a 23,6%, já que o adicional de 30 pontos no IPI só entrou em vigor no fim do ano. “Acabamos compensando com carros nacionais essa parcela das vendas que antes era de importados”, explica Moan.

O salto da produção também é consequência da fraca base de comparação do ano passado. No primeiro quadrimestre de 2012 foram fabricados 998,9 mil veículos, com retração de 10,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2011. Levando isso em conta, o presidente da Anfavea decidiu não revisar as projeções para cima apesar do bom resultado dos primeiros meses do ano. “Vamos esperar o fechamento do semestre”, aponta. Por enquanto, a expectativa é de que a produção cresça 4,5% este ano, para 3,49 milhões de unidades.

Os estoques de veículos entre indústria e rede de concessionárias fecharam abril em 33 dias, dois a menos do que o mês anterior, com 362,6 mil unidades. “Houve um ajuste ligado ao aumento da produção”, explica Moan. Segundo ele, os volumes estão balanceados em torno de 30 dias.

Segmentos

O segmento de veículos comerciais foi o que teve maior crescimento na produção. Com 61,6 mil unidades entre janeiro e março, o ritmo das fábricas de caminhões acelerou 43,8% sobre o resultado registrado há um ano. Em abril houve crescimento de 7% na comparação mensal e de 56,5% na anual, para 18,1 mil veículos. Já a produção de ônibus cresceu 52,6% no quadrimestre, para 13,6 mil unidades. Foram 3,6 mil chassis em abril, volume 2,9% inferior ao de março e 42,2% maior que o de abril de 2012.

As taxas reduzidas para financiamento pelo Finame/BNDES, determinadas em 3% ao ano no primeiro semestre e em 4% no segundo, estimularam as vendas no período e, consequentemente, a produção.

A expansão aconteceu sobre resultado fraco. No início de 2012 as montadoras venderam os grandes estoques de caminhões Euro 3 fabricados no fim do ano anterior e desaceleraram a produção de modelos Euro 5.

A produção de veículos leves passou de um milhão de unidades, com salto de 15,4% sobre o primeiro quadrimestre de 2012. Com 319 mil unidades em abril, houve expansão de 6,9% sobre março e de 29,4% ante igual mês do ano passado.

Investimentos

A Anfavea aponta que as empresas do setor automotivo investirão R$ 60 bilhões no Brasil até 2017. Moan já admite que, em breve, a Anfavea vai apresentar uma nova projeção, já que algumas montadoras sinalizaram a intenção de ampliar seus aportes no País para atender as exigências do Inovar-Auto.

A Volkswagen é uma das fabricantes que reconheceu que serão necessários mais investimentos para alcançar as metas de eficiência energética do novo regime automotivo. Na segunda-feira, 6, o Grupo Fiat anunciou que ampliará o seu aporte no País em R$ 5 bilhões, aplicando no Brasil R$ 15 bilhões até 2016.

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