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Carlos Tavares, presidente do Grupo PSA, afirmou que essas iniciativas fazem parte integral do novo plano estratégico “Push to Pass”, lançado este ano para cobrir o horizonte até 2021, após a empresa ter recolocado seu balanço no azul. “Nosso plano foi pensado para nos levar da rentabilidade recuperada ao desenvolvimento sustentável, baseado em dois pilares: ser o fabricante de carros altamente eficientes e também um fornecedor de mobilidade”, disse Tavares ao anunciar a nova marca de serviços na sede da companhia em Paris, França.
A PSA está colocando em prática um conjunto de ações para ganhar terreno em um novo ambiente de negócios, especialmente nos países desenvolvidos da Europa, América do Norte e Japão, onde a propriedade de veículos está em baixa e o compartilhamento está em alta. Nesse sentido, a companhia está comprando participações societárias e costurando parcerias com outras em um ecossistema que envolve 15 empresas até o momento. Para as aquisições de cotas, separou € 100 milhões que já começaram a ser investidos.
“Temos de reconhecer que um carro não é um bom investimento, tendo em vista que pode ficar parado, sem uso, por 90% do tempo. O fato é que a propriedade desse bem está perdendo apelo e o uso compartilhado parece mais racional e está aumentando. Sinceramente, não sei ainda exatamente como será isso no futuro, mas tenho obrigação de preparar a companhia para essas tendências”, avalia Tavares.
Aquisições e parcerias
Ao mesmo tempo em que lançou sua marca de serviços de mobilidade, a PSA anunciou também na quarta-feira a aquisição de participação na canadense Communauto, que criou um sistema de compartilhamento de carros já implantado em sete cidades do Canadá e também em Paris. O negócio é feito em conjunto com o banco MKB, também canadense especializado em investimentos em energia renovável e serviços de infraestrutura urbana. “Com isso vamos retornar à América do Norte, de onde saímos em 1990. Primeiro, começamos com a oferta de serviços, depois estudamos se é viável voltar a vender automóveis lá”, afirmou Tavares. A intenção é expandir as operações da Communauto para outros países e construir um modelo internacional de compartilhamento de carros rentável e inovador.
Com algumas iniciativas já em funcionamento em cidades europeias, o modelo de compartilhamento precisa de carros e pessoas com seus celulares conectados à internet para funcionar. Em um exemplo possível, o dono de um veículo estaciona após o uso, e por meio de aplicativo no smartphone, pode colocar seu automóvel para aluguel durante certo período. Quem precisa se locomover entra no sistema e acha o carro mais próximo, é informado sobre a placa e local, desbloqueia o veículo com um cartão ou pelo próprio telefone e sai guiando. O aluguel também pode ser contratado de frotas específicas – a PSA vai colocar suas locadoras das três marcas nesse sistema.
Na mesma data a PSA informou que vai ampliar sua colaboração com o grupo Bolloré, que opera dessa forma frotas compartilhadas de pequenos carros elétricos na França. Parte deles são modelos Citroën C-Zéro operando no sistema Bluely, de Lyon, que em novembro terá mais 40 veículos fornecidos pelo fabricante francês; e Bluecub, de Bordeaux, que ganhará mais 20 unidades movidas a eletricidade.
Outra iniciativa anunciada foi a associação com a Masternaut, segundo maior fornecedor de serviços de telemetria da Europa. Com isso a plataforma de telemática e geolocalização da Masternaut será oferecida para operadores de frotas corporativas em todos os veículos do Grupo PSA com o programa Connect Fleet Management, mas também pode ser utilizada em carros de outras marcas.
As novas participações e parcerias vêm na sequência de outras já anunciadas recentemente, como a aquisição de parte da Koolicar e TravelCar, especializadas em aluguel de carros pessoa-a-pessoa, em que o dono pode alugar enquanto não estiver usando e, por meio de acordo com o Banque PSA Finance, recebe desconto no pagamento das parcelas do financiamento ou, se já estiver quitado, ganha a remuneração pelo aluguel. O grupo PSA também fez parcerias com a IBM, como parte do projeto Smarter Cities já em desenvolvimento em Nice, França, e Wallonia, Bélgica; além de desenvolver com a TomTom Telematics serviços de gerenciamento conectado de frotas.
Tavares explica que a ideia é oferecer mobilidade com carros de todos os tipos e marcas, mas, obviamente, a PSA prepara uma vasta gama de produtos para atender esses clientes. “Não está claro ainda que tipo de segmentação o compartilhamento terá, mas está dentro do nosso plano estratégico a oferta de todos os tipos, elétricos, híbridos, a gasolina e a diesel”, afirma. A partir de 2019 a PSA lançará carros que terão os três tipos de propulsão oferecidos em um mesmo modelo, com o mesmo design. Entre 2019 e 2021 o plano é lançar quatro elétricos com autonomia de 450 km e recargas rápidas de 80% das baterias em 30 minutos, mais sete novos híbridos plug-in (recarregáveis na tomada) com motor a gasolina, que podem rodar nas cidades até 60 km em modo elétrico, sem emissões.
Brasil
Segundo Tavares, o Free2Move faz parte da estratégia mundial da companhia e não há nenhuma restrição em adotar a oferta de serviços de mobilidade também no Brasil. “É uma oportunidade interessante, tendo em vista a grande penetração de telefones celulares no País, que podem rodar os aplicativos de compartilhamento”, diz o executivo. Mas ele explica que essa será uma decisão da gestão local da companhia. “Se o Carlos Gomes (presidente da PSA América Latina) decidir que é possível adotar esse sistema lá daremos todo o nosso apoio”, acrescentou.
Não será tão fácil. Ainda será necessário aprovar a regulamentação de como isso tudo funcionará no Brasil, levando em consideração questões de segurança, seguro, responsabilidade sobre multas e proteção de informações que vão circular no sistema. “Essa é uma questão que já está em discussão na Anfavea (associação brasileira dos fabricantes) com o governo”, revela Fabrício Biondo, diretor de comunicação, marketing e produto da PSA América Latina. “Já temos nosso projeto de conectividade em andamento. Já oferecemos aplicativos com funções de telemetria, com conexão via celular. Em uma segunda etapa vamos conectar o carro à rede, o que é fundamental para fazer funcionar os sistemas de compartilhamento e oferta de serviços”, explica.
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