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“Esses números demonstram o efeito da atual crise nos consumidores. Existe, por um lado, uma redução de procura pelos financiamentos e, por outro, aqueles que, impactados pela queda de renda e pelo desemprego, acabam não conseguindo honrar os financiamentos assumidos”, analisa o presidente da entidade, Gilson Carvalho. “Para que o mercado volte a sua normalidade é necessário que as pessoas tenham confiança, que recuperem a renda, via aumento do nível de emprego e menor inflação e, com isso, tenham crédito. A ausência de um desses três pilares impacta diretamente no nível de atividade do setor”, completa.
Em julho, foram liberados R$ 6,6 bilhões nas operações de financiamento, uma queda de 14,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e de 0,4% em relação a junho de 2016. Desse total, R$ 5,8 bilhões foram destinados às pessoas físicas e R$ 810 milhões às pessoas jurídicas.
Para a modalidade leasing, o total liberado somou R$ 141 milhões, volume 43,6% menor em relação ao mesmo período de 2015 e 12,4% inferior ao atingido em junho.O montante maior, de R$ 110 milhões, foi destinado para as pessoas físicas e os R$ 30 milhões restantes, para pessoas jurídicas.
Saldo das carteiras
O saldo das carteiras totalizou R$ 167,8 bilhões, queda de 13,5 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses. Esse indicador corresponde a 2,8% do PIB (Produto Interno Bruto), contra 3,2% no mesmo período de 2015. O resultado representa uma redução de 0,4 pontos percentuais e equivale a 5,4% do total do crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) e de 10,8% do total das operações de crédito – Recursos Livres.
Com queda de 27,9% em doze meses, as operações de leasing somaram R$ 4,9 bilhões. As operações de CDC também diminuíram, mas o tombo foi um pouco menor, de 14%. Com isso, totalizaram R$ 162,9 bilhões.
Taxas e juros
As taxas praticadas pelos bancos da montadora continuam mais atraentes para o consumidor. Em julho, os índices foram de 1,75% ao mês e de 23,1% ao ano, enquanto os bancos independentes ofereceram taxas de 1,94% e de 26% respectivamente.
O prazo médio das concessões se manteve em 42 meses. O prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses.
Inadimplência
A taxa de inadimplência para pessoasfísica continua em elevação. Em julho, o índice de não pagadores na modalidade CDC foi de 4,6%, contra os 3,9% registrados no mesmo mês do ano passado.Para pessoas jurídicas, também houve aumento, passando de 4,3% para 5,2% no mesmo período. Na carteira de leasing para pessoas físicas, a taxa foi de 4,2% - queda de 2,6 pontos percentuais em relação a julho de 2015; enquanto para pessoas jurídicas, o índice foi de 4,5% - aumento de 0,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período.
Projeções
A ANEF refez as suas projeções para este ano. A entidade estima que o saldo de financiamento deverá ficar em R$ 155,7 bilhões, queda de 15% em relação ao resultado alcançado no ano passado, que foi de R$ 183,2 bilhões. Já o volume de recursos liberados deverá cair 15,8%, passando de R$ 92 bilhões para R$ 77,5 bilhões.
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