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“Fizemos uma pesquisa e todos os proprietários de motos com 125cc e 150cc, almejam ter uma 250cc”, revela Franco, admitindo que o lançamento é estratégico para a empresa. Portanto a nova Roadwin 250R vem como uma opção para quem quer evoluir dentro do motociclismo. Para isso, a Dafra tem programado ainda para este ano outro lançamento com a mesma capacidade cúbica, a Next 250cc, produzida em parceria com a taiwanesa SYM.
Traseira redesenhada
Antes de ser montada no Brasil pelo processo CKD, a Roadwin precisou passar por um processo de adaptação para nosso mercado. O sistema de alimentação foi regulado para nossa gasolina e os conjuntos de suspensão foram acertados para nosso piso. “A mudança mais visível para os modelos que são vendidos na Coreia do Sul está na traseira, que foi completamente redesenhada”, explica Alexandre Gaspar, gerente de produto da Dafra.
Em comparação com o modelo coreano, a Dafra Daelim Roadwin 250R tem uma traseira mais afilada e lanterna com LEDs. Vale dizer que a remodelação foi acertada, dando um ar mais moderno a “nossa” Roadwin.
Esportiva de um cilindro
Enquanto as concorrentes Comet e Ninja contam com motores de dois cilindros, a Roadwin vem equipada com um monocilíndrico de 247 cm3, refrigeração líquida, duplo comando no cabeçote e injeção eletrônica. Segundo os dados de desempenho fornecidos pela Dafra, o propulsor oferece 24 cavalos de potência máxima a 9.000 rpm e 1,92 kgf.m a 7.000 rpm. Números um pouco abaixo das concorrentes – Ninja 250 oferece 33 cv e Comet, 32 cv de potência - muito em função da arquitetura de motor bicilíndrica.
Aproveitando sua proposta esportiva, a Dafra realizou o lançamento da Roadwin 250R para a imprensa especializada em um circuito fechado. Permitindo, dessa forma, que levássemos a “esportivinha” ao seu limite.
Antes de entrar na pista, ao primeiro olhar sobre a Roadwin nota-se o bom nível de acabamento do modelo. As peças da carenagem mostraram encaixes sem folgas e o painel embutido traz conta-giros analógico e velocímetro digital e ainda uma pequena tela de cristal líquido com nível de combustível, hodômetros e relógio.
Além da carenagem com dois faróis, o visual esportivo é reforçado pelas rodas de liga-leve calçadas com pneus Pirelli Sport Demon sem câmara, tampa de combustível em padrão aeronáutico e dois semiguidões. Porém, mesmo com esses apelos visuais, a Roadwin proporciona uma posição de pilotagem confortável – uma preocupação da Dafra pensando em quem vai utilizar a moto no dia-a-dia, segundo Alexandre Gaspar.
Desempenho em altas rotações
Ao girar a chave, a Roadwin 250R faz uma verificação do sistema de injeção e já está pronta para ser ligada. O ronco do motor não empolga e o som do escapamento chega a ser um pouco abafado. E logo de saída, nota-se que o motor monocilíndrico gosta mesmo de altos giros, como dão a entender seus números de desempenho. É preciso passar de 4.000 rotações para o propulsor mostrar sua “força”. Porém esse comportamento, característico de motores com duplo comando, assemelha-se a suas concorrentes com proposta esportiva. Por outro lado, o câmbio de cinco marchas e a relação final permitem aproveitar parte do torque em baixas rotações. Mas, somente o uso urbano, poderia confirmar como a Roadwin 250R se sairia no anda e para do trânsito.
Como estávamos em uma pista, era possível trocar as marchas no limite da rotação e, assim, desfrutar da força do motor entre as 7.000 e 9.000 rpm. Nessas condições, a nova Dafra cumpriu seu papel de pequena esportiva chegando a atingir 128 km/h no velocímetro, com o conta-giros apontando 8.000 rpm – mostrando que, se a reta fosse maior, o propulsor teria fôlego para ir além. A Dafra declara 130 km/h como velocidade máxima do modelo.
Outro ponto positivo da Roadwin 250R é seu conjunto ciclístico. O quadro berço duplo mostrou-se bastante equilibrado e rígido o suficiente para abusar nas curvas. Equipada com garfo telescópico convencional na dianteira e balança monoamortecida na traseira, a inclinação na pista era mais limitada pelas pedaleiras e pelo cavalete central, do que pelos pneus.
O sistema de freio – com disco duplo na dianteira e simples na traseira – também apresentou um desempenho digno de elogios. Em alguns momentos, o freio dianteiro mostrou-se até brusco demais para os 173 kg em ordem de marcha da Roadwin 250R.
Mercado
Fruto de mais uma parceria da Dafra, desta vez com a coreana Daelim, a Roadwin 250R chega com qualidades para disputar esse nicho de mercado no segmento de 250cc. Embora seu conjunto óptico divida opiniões, a bem acabada carenagem e a bela traseira afilada dão a Roadwin o ar de moto esportiva que os consumidores almejam nesse segmento. Também não se pode comprar uma 250cc, esperando o desempenho de uma verdadeira superesportiva. Mas, se além da street de 150cc para uso diário, o motociclista busca outra moto para “desfilar” no fim de semana, a nova Dafra Daelim é uma boa opção.
Com preço abaixo das concorrentes (R$ 12.490), a Dafra espera abocanhar 1/3 desse nicho de motos esportivas no segmento de 250cc. Mensalmente, são vendidas cerca de 800 unidades de Comet GT 250R e Ninja 250R – ou seja, a Roadwin 250R deve vender cerca de 300 unidades por mês. Vendida nas cores branca e vermelha, a Roadwin 250R já está disponível nas concessionárias da marca e tem um ano de garantia.
FICHA TÉCNICA Dafra Roadwin 250R
Motor: Um cilindro, 4 válvulas, DOHC, com refrigeração líquida
Capacidade cúbica: 247 cm³
Potência: 24 cv 9.000 rpm
Torque: 1,92 kgf.m a 7.000 rpm
Câmbio: 5 velocidades
Alimentação: Injeção eletrônica KEFICO
Quadro: Berço duplo em aço
Suspensão dianteira: Garfo telescópico convencional
Suspensão traseira: Balança monoamortecida
Comprimento: 2.025 mm
Largura: 778 mm
Altura: 1.180 mm
Distância entre eixos: 1.390 mm
Altura do banco: 780 mm
Tanque de combustível: 15 litros
Peso (em ordem de march): 173 kg
Freio dianteiro: Duplo disco de 290 mm de diâmetro com pinças de dois pistões
Freio traseiro: Disco simples de 220 mm, com pinça de dois pistões
Pneu dianteiro: 110/70 – 17
Pneu traseiro: 130/70 – 17
Cores: Branca e Vermelha
Preço Sugerido: R$ 12.490,00
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