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Salão do Automóvel de São Paulo reunirá o maior volume de expositores e veículos

21/10/2012 - 23:42 - Automotive Business
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O espaço que o Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, oferece para eventos não aumentou, continua com 85 mil metros quadrados, mas o Salão do Automóvel, realizado no local desde 1970, promete ser o maior dos últimos 52 anos. A 27ª edição, que abre as portas ao público na quarta-feira, 24, terá 49 marcas expositoras contra 42 que mostraram suas novidades na última edição, em 2010. Com relação ao número de veículos, serão 500 modelos, 50 a mais do que a última edição, para encher os olhos de 750 mil visitantes, o mesmo volume registrado na exposição de dois anos atrás, apontam estimativas de Anfavea e Abeiva, realizadoras do evento, em parceria com o Sindipeças.

Os números mostram a importância que o Salão de São Paulo ganhou entre montadoras e importadoras de veículos, tanto é que o evento receberá visita exclusiva de presidentes globais de algumas marcas. Com a crise acentuada na Europa, as empresas voltam seus olhos para mercados com potencial crescimento, como o Brasil. Segundo o diretor de relações institucionais da Anfavea, Ademar Cantero, a entidade projeta que até 2020 o País alcance volume de vendas entre 5 e 6 milhões de unidades ao ano.

“O Brasil é um dos poucos mercados que hoje oferecem esse grande potencial de crescimento. Por isso, o Salão de São Paulo está cada vez mais internacional e já faz parte da agenda dos grandes eventos das montadoras, tanto que algumas realizam aqui lançamentos de veículos globais”, disse. Ele acrescenta que as perspectivas positivas justificam os investimentos das empresas filiadas à Anfavea, que somam US$ 22 bilhões até 2015, em capacidade de produção, novos produtos e inovação. Este último item, diz Cantero, deve consumir R$ 13,8 bilhões em pesquisa e desenvolvimento até 2017, como resultado das exigências do novo regime automotivo.

As empresas membros da Anfavea ocuparão 70% do espaço reservado às montadoras. Já as marcas filiadas à Abeiva, que representa as companhias que não têm fábrica no Brasil, ficaram com os 30% restantes, mas representam quase a metade das marcas que vão expor no salão. De acordo com Ricardo Strunz, diretor financeiro da entidade, a cada ano a organizadora do evento, Reed Exhibitions Alcantara Machado, tem se esforçado para aumentar a fatia de espaço para as importadoras, mas diz que este foi um ano difícil para decidir se participariam — ou não — do evento.

“Das 29 marcas filiadas, sete decidiram não participar desta edição, por questões de dificuldades financeiras”, afirmou. Ele explica que com o aumento do IPI em 30 pontos porcentuais para veículos importados fora do Mercosul e México, as vendas dessas empresas caíram 60% de janeiro a setembro deste ano na comparação com igual período de 2011, causando limites financeiros em algumas marcas. Contudo, Strunz reforça a importância da Abeiva em estar presente no salão, tradicional vitrine de novidades das fabricantes, que devem apresentar os mesmos modelos que foram ao Salão de Paris, no mês passado.

Entre as marcas que vão expor seus veículos, algumas vêm pela primeira vez ao Salão de São Paulo, como é do caso da Lexus, divisão de veículos de luxo da Toyota, ou RAM, da Dodge, que volta ao evento após longo período sem aparecer. Great Wall é outra novidade, além de outras quatro novas empresas chinesas. Já a Bentley, marca do Grupo Volkswagen, que estava confirmada no Salão até a quarta-feira, 10, desistiu de participar na última hora, cancelando, inclusive, sua coletiva de imprensa. A maior parte das montadoras adiantará seus lançamentos na segunda e terça-feira aos jornalistas, dias exclusivos para imprensa, que terá a cobertura especial do ShopcarNews, direto de São Paulo.

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