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É consenso entre as montadoras que o mercado de veículos comerciais leves e pesados tem viés de alta no curto e médio prazos. Porém, com o fim de importantes medidas de estímulo, como a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e das taxas reduzidas de linhas como Procaminhoneiro e Finame PSI - atualmente em 4,5% ao ano voltariam para 8% - , os fatores positivos deverão ser anulados no próximo ano e a aposta é a de vendas domésticas estáveis, em torno de 160 mil unidades, com retomada do crescimento em 2012.
Para o presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, haveria margem para expansão entre 5% e 10% nas vendas domésticas caso fossem mantidas, durante o próximo ano, a isenção fiscal e as condições mais favoráveis do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI).
Na avaliação do gerente da área de caminhões pesados da Volvo, Bernardo Fedalto, a manutenção das atuais condições de financiamento não deveria ser considerada como "ajuda" ao setor. "Isso é uma necessidade. Não se pode pensar no negócio de caminhões sem financiamento, que é a grande alavanca de crescimento desse setor e atuante em até 80% da produção", diz.
Foram justamente a isenção de IPI para caminhões e tratores, que acabou prorrogada até dezembro, e a vigência das taxas diferenciadas das linhas do BNDES PSI que impulsionaram o mercado neste ano. Segundo dados da Iveco, a produção nacional de caminhões, com mais de 2,8 toneladas, deverá alcançar 175 mil unidades. Dessas, entre 155 mil e 160 mil deverão ser comercializadas no mercado doméstico, com alta de 36% frente aos 114 mil veículos vendidos internamente em 2009. As exportações deverão ultrapassar as 15 mil unidades, com taxa de expansão superior a 100%.
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