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Suzuki GSX-R 750 combina agilidade e muitos cavalos de potência máxima

20/01/2011 - 16:44 - Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO - FOTOS: Gustavo Epifanio/Agência INFOMOTO e DIVULGAÇÃO
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Setecentos e cinquenta. “Sete galo”, em referência ao jogo do bicho. Um número quase mítico para os motociclistas. Desde 1969, quando a Honda CB 750 foi lançada, as 750cc entraram para o imaginário dos apaixonados por duas rodas. Com o passar das décadas, muitas fábricas apostaram em modelos de 1.000 cc, deixando o “número mágico” de lado. Com exceção da Suzuki. Atualmente, a única entre as japonesas a manter em sua linha uma super esportiva com essa capacidade.

A Suzuki GSX-R 750, porém, não é simplesmente uma jogada de marketing. Quando se acelera em uma pista, o modelo atualmente à venda no Brasil, pode-se notar as qualidades que fazem da moto um sucesso de vendas por mais de 25 anos.

A superesportiva de 750cc da fábrica de Hamamatsu (Japão) tem o baixo peso e a maneabilidade dos modelos de 600cc, porém com mais potência. Vamos aos números. Comparando-a com a Honda CBR 600RR, a GSX-R 750 é até mais leve: pesa 167 kg a seco contra 169 kg da CBR 600. No caso da potência máxima, a 750cc 2010 produz 150 cavalos de potência máxima a 13.200 rpm e o modelo Honda, 120cv a 13.500 rpm. E se a confrontarmos com sua irmã maior, a Suzuki GSX-R 1000, a 750cc perde em potência máxima, já que a superesportiva de um litro produz 185 cavalos. Porém, garante uma entrega de potência mais amigável e “controlável”.

Melhorias

A Suzuki GSX-R 750 atualmente à venda no Brasil foi lançada no exterior em 2008. À época recebeu diversas melhorias em relação à versão anterior. Os engenheiros da Suzuki procuraram aprimorar três aspectos fundamentais em uma superesportiva: motor, freios e a capacidade para contornar curvas.

Para melhorar o motor, começaram com as entradas de ar na carenagem frontal. Foram posicionadas mais ao centro onde a pressão é maior, gerando assim uma indução de ar mais eficiente e melhorando a alimentação do motor. Para isso mudaram também o comando e as válvulas de admissão. Os bicos injetores – dois por cilindro – e as borboletas (duplas) de aceleração também mudaram. Dessa forma conseguiram acrescentar três cavalos ao motor (na anterior eram 147 cv), mas o mais importante foi o ganho em médias rotações. Ao acelerar a GSX-R 750 na pista de Interlagos, a impressão era de motor sempre cheio e pronto para crescer de giros, principalmente a partir de 7.000 rpm.

Mas em geral, por baixo da nova carenagem, está o mesmo propulsor de quatro cilindros em linha, 749 cm³ de capacidade, refrigeração líquida e duplo comando de válvulas no cabeçote. Além dos cavalinhos a mais, a novidade do motor fica por conta do S-DMS (Suzuki Drive Mode Selector), um seletor do modo de pilotagem que permite escolher entre três modos: A, B e C. Sendo “A” o standard e mais potente; e C o modo que diminui a potência e ideal para pilotar em pista molhada.

Ciclística

Nos freios, a Suzuki adotou discos mais finos na dianteira, porém com o mesmo diâmetro – 310 mm – e com mais pontos de fixação. As quatro pinças radiais Tokico contam com um novo cilindro mestre e novas mangueiras que, segundo a marca, proporcionam frenagens mais seguras e progressivas. Na prática, ao fim da reta oposta de Interlagos, a 750cc manteve sua característica de não ter aquela “mordida” inicial tão brusca. Entretanto, conforme se aperta o manete de freio a sensação de se controlar a frenagem é impressionante. Sem dúvida, os freios estão entre os pontos fortes do modelo.

Para melhorar ainda mais o desempenho da GSX-R 750 em curvas, a Suzuki também não economizou. Basicamente o quadro de dupla trave superior é o mesmo, mas as suspensões e o amortecedor eletrônico de direção são novos.

Os garfos invertidos Showa de 41 mm de diâmetro na dianteira foram atualizados e ganharam mais regulagens: além da précarga e retorno; pode-se agora regular a compressão em baixa e alta velocidade. A mesma novidade vale também para o amortecedor traseiro.

Já o amortecedor eletrônico de direção, “escondido” sob a mesa de direção, é controlado por uma válvula solenóide que controla a pressão do óleo conforme a velocidade da moto. Tudo gerenciado pela nova ECU de 32 bits.

Antes a GSX-R 750 já tinha um desempenho admirável em curvas. As melhorias até podem ser sentidas por pilotos mais profissionais, mas em geral, é praticamente imperceptível para os mais leigos. O que se percebe é que essa 750cc deita bastante nas curvas e demonstra uma agilidade impressionante nas mudanças de direção. Parece ir exatamente onde o piloto manda. Uma motocicleta bastante obediente.

Única

Como atualmente a Suzuki GSX-R 750 é a única superesportiva com essa “mágica” capacidade cúbica, fica difícil apontar suas principais concorrentes no mercado. Cotada a R$ 52.900, a GSX-R 750 custa menos que uma 1.000 cc e mais que uma 600cc, como era de se esperar.

A Honda CBR 600RR, por exemplo, tem preço sugerido de R$ 47.000 (versão sem ABS). São quase R$ 6.000, ou 10% de diferença. Praticamente a mesma diferença entre a 750cc e a Suzuki GSX-R 1000, vendida a R$ 58.900.

Você deve estar se perguntando: vale a pena pagar mais pela 750cc? Na minha opinião, sim. Afinal, tem mais potência, o motor tem mais torque em médias rotações e, comparada à Honda, acho o desenho da Suzuki mais atraente.

E valeria a pena pagar mais então para ter uma 1.000cc? Eu não desembolsaria esse valor a mais apenas para poder falar entre os amigos que tenho uma 1.000 cc. Ficaria com a mítica dos 750cc. Sem falar que, comparando às duas, a GSX-R 750 é mais amigável de pilotar.

FICHA TÉCNICA Suzuki GSX-R 750

Motor: DOHC, Quatro cilindros em linha, 16 válvulas, refrigeração líquida e 749 cm³ de capacidade
Potência 150 cv a 13.200 rpm
Torque 8,8 kgf.m a 11.200 rpm
Alimentação Injeção eletrônica
Câmbio 6 marchas
Partida Elétrica
Rodas e Pneus
Dianteiro 120/70 ZR 17
Traseiro 180/55 ZR 17
Suspensão
Dianteira Garfo telescópico invertido, com múltiplos ajustes
Traseira Monoamortecedor, com múltiplos ajustes
Freios
Dianteiro Disco duplo de 310 mm de diâmetro e mordido por pinças radiais de quatro pistões
Traseiro Disco simples de 220 mm de diâmetro e mordido por
pinça de um pistão
Comprimento Total 2.040 mm
Largura Total 715 mm
Altura Total 1.125 mm
Entre Eixos 1.405 mm
Altura do Assento 810 mm
Peso Seco 167 kg
Cores Branca, dourada, preta e azul
Preço R$ 52.900,00 (sem frete)

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