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O design é uma das características mais marcantes da Inazuma. O farol poligonal e os piscas dianteiros acomodados nas aletas laterais do radiador remetem imediatamente à B-King, a naked que usa o mesmo motor de 1300cc da Hayabusa. O visual semelhante ao de um modelo maior da mesma marca tem sido estratégia comum para diversos fabricantes e, no caso da nova moto da Suzuki, ajuda a afastar um pouco a imagem de utilitária que os modelos do segmento acabaram ganhando no Brasil.
Na rabeta, as linhas simples evidenciam a grande lanterna traseira e a alça de apoio da garupa. A Inazuma também aposta nos dois escapes compridos e estreitos, um de cada lado da moto, como artimanha visual para parecer uma moto maior e mais potente. As rodas de liga leve com três pontas, feitas em alumínio, e os semi-guidões encaixados na mesa de direção completam os traços esportivos do modelo. Para oferecer conforto aos ocupantes, a Inazuma conta ainda com assento em dois níveis.
Bicilíndrico
O coração da Inazuma é um propulsor de dois cilindros paralelos de 248 cm³ arrefecido a líquido, capaz de gerar até 24,5 cv de potência máxima a 8.500 rpm. Já o torque máximo é de 2,3 kgf.m obtidos a 6.500 giros. A arquitetura, cujo diâmetro x curso dos pistões é de 53,5 x 55,2 mm, não deixa de ser uma aposta da Suzuki, uma vez que a configuração é incomum para os modelos do segmento, que preferem utilizar motores de apenas um cilindro. Já a frenagem, é feita por dois discos, sendo o dianteiro de 290 mm de diâmetro e o traseiro com diâmetro de 240 mm.
Montada sobre um quadro de berço semiduplo, a Inazuma tem corpo longo (2.145 mm), porém esguio (780 mm de largura). A altura do assento é de 760 mm, o que facilita pilotos de estatura menor a colocarem os pés no chão. No entanto, o peso da Inazuma chama a atenção. São 182 kg em ordem de marcha, um número ligeiramente alto se levarmos em conta que o modelo não traz predicados como os freios ABS, por exemplo.
No quesito suspensão, por sua vez, a configuração padrão das nakeds de baixa cilindrada também está presente na Suzuki. Enquanto a dianteira traz garfo telescópico com curso de 120 mm, a traseira está equipada com um monoamortecedor com curso de 125 mm, com pré-carga da mola regulável em até sete posições. Já a capacidade do tanque é de 13,3 litros. No painel, todavia, outro ponto positivo para a pequena naked: o conta-giros analógico no centro divide de maneira harmoniosa as luzes espias do lado esquerdo e o display digital à direita que, entre outras informações, exibe qual das seis marchas está engatada.
O painel traz ainda outras novidades como uma shift light, que pode ser ajustada para orientar trocas de marcha de uma maneira que a moto economize combustível e um indicador de revisão. Esta última vem de fábrica programada para avisar o piloto da primeira visita à concessionária feita após 1.000 quilômetros e já sai de lá na contagem regressiva para a próxima, de acordo com o que for estabelecido pela concessionária.
Concorrentes veteranas
Hoje, as vendas de nakeds de 250 e 300cc correspondem a cerca de 10% de todo o segmento street do Brasil. Não parece muito, mas se levarmos em conta de que a Yamaha Fazer, a Dafra Next e a Honda CB 300R já venderam juntas mais de 56.600 unidades desde o início do ano – segundo dados da Fenabrave, que contabiliza a distribuição automotiva no país – estamos falando de um filão bastante promissor.
O que resta agora é saber se o visual esportivo e o motor diferenciado serão suficientes para pôr a Inazuma em uma briga com oponentes já veteranas. No entanto, uma vez que a moto – que será produzida em Manaus (AM) – tem sua chegada ao mercado nacional prevista somente para o segundo trimestre de 2014, seu preço ainda não foi revelado oficialmente. Mas, fontes ligadas à J.Toledo/Suzuki, estimam o preço do novo modelo em torno dos R$ 15.000.
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