Suzuki quer recomprar ações nas mãos da Volks

A Suzuki Motor Co. prometeu recomprar de volta suas ações em posse da Volkswagen AG, buscando terminar uma sociedade problemática que ganhou pouco impulso e não produziu nenhum veículo desenvolvido em conjunto.

Mas a montadora alemã informou que não tem planos de vender sua participação, adquirida há quase dois anos por € 1,7 bilhão (US$ 2,4 bilhões) e que já perdeu quase 30% do valor.

Quer a Volkswagen venda ou não suas ações no curto prazo, o aparente fracasso da união coloca a empresa alemã em um dilema sobre como pode expandir seus negócios em um mercado emergente de importância fundamental, e suscita dúvidas sobre os planos de crescimento da montadora Suzuki.

Osamu Suzuki, presidente do conselho da montadora japonesa, disse na segunda-feira que sua empresa vai tentar comprar a participação de 19,89% que a Volkswagen possui a preço de mercado, e não vai mais cooperar com a sociedade das duas empresas. "Propor uma dissolução da nossa aliança significa pedir o divórcio", disse Suzuki em uma entrevista coletiva. Ele disse ainda que a decisão da empresa de acabar com a união é definitiva.

Suzuki disse na segunda-feira que acredita que o diretor-presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, compreende que a Suzuki precisa usar os motores a diesel de 1.600 cilindradas da Fiat, pois seria difícil instalar motores Volkswagen em alguns modelos devido a incompatibilidades com o desenho dos motores alemães. O presidente do conselho da Suzuki disse que explicou a situação em uma reunião no final de janeiro com Winterkorn e enviou um documento oficial alguns dias depois. Suzuki disse que seu acordo com a Fiat não viola o pacto com a Volks.

Além de anunciar que não tem planos de vender sua participação, a Volks informou ainda que continua interessada em cooperar com a Suzuki. A montadora alemã não estava disponível para comentários.