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Testamos a Triumph Street Triple RS na Estrada Parque de Piraputanga

14/02/2024 - 12:15 - Mário Salgado - Fotos: Mário Salgado e Divulgação Triumph
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A convite da recém-inaugurada Maggi Triumph, concessionária da marca para o Mato Grosso do Sul, testamos a Roadster (que nós chamamos de naked mesmo) Street Triple na versão mais potente, RS. Com 130 cavalos de potência máxima, essa mesma mecânica é utilizada na Moto2, da MotoGP. E a escolha para nosso teste foi uma ida até o Restaurante La Garcia, no Distrito de Piraputanga, indo pela bela Estrada Parque. Abaixo, vocês podem conferir nosso teste completo em um vídeo.

Saiba tudo sobre essa "braba"

A Street Triple chega ao Brasil em 2 versões: R e RS. Na Europa ela ainda tem a versão Moto2 Edition, com mais características de pista. O motor de 765 cm³ ganhou mais potência e torque graças a um maior fluxo de admissão, nova câmara de combustão, novos pistões, bielas, válvulas, modificações na engrenagem do virabrequim e peças completamente usinadas para aguentar a maior taxa de compressão, 13:25:1. Fiquem tranquilos quanto ao bom funcionamento com nosso combustível, segundo a subsidiária brasileira, as homologações são feitas com 30% de álcool na gasolina há anos para evitar qualquer tipo de problema com nosso combustível E27. 

A engenharia conseguiu 7 cv de potência extra em um motor ainda mais preparado para isso. Agora, ela entrega a maior potência da categoria, 130 cv aos 12.000 rpm (antes eram 123 cv) e torque máximo de 8,1 kgf.m a 9.500 giros, um vigor que a gente sente dos 7.500 rpm até a rotação máxima. Para completar o pacote, a moto está mais responsiva graças às mudanças na relação. A primeira marcha ficou mais longa e as seguintes mais curtas, o que, segundo a Triumph, não implicou na velocidade final, já que ela ganhou mais potência. A montadora não divulga o número oficial, uma vez que o mesmo depende de diversos fatores (peso do piloto, altitude, etc), mas ela passa facilmente dos 200 km/h. Mesmo com maior fluxo do escape e novo silenciador, na minha opinião, o ronco mantém sua identidade característica deste tricilíndrico. 

Ela está um pouco mais agressiva no design graças à carenagem do tanque e aos apêndices laterais, quem conhece bem a moto vai notar que o tanque agora fica abaixo da carenagem plástica, são 15 litros de capacidade ante os 17 l do modelo anterior. À frente, notamos o novo acabamento do duplo farol incorporando a admissão de ar frontal, além do novo protetor de cárter de série na RS. Todavia, foram as mudanças na geometria da moto que fizeram a diferença. A traseira está mais elevada, o que encurtou o entre eixos, alterando rake, ângulo de cáster e dando mais agilidade ao modelo. Cada versão tem uma geometria diferente, mas todas tiveram o guidão alongado em 12 mm o que também favoreceu o handling. A altura do assento é de 826 mm na R e 836 mm na RS, ou seja, ela cresceu, mas haverá opção de assento baixo nas concessionárias. 

Os novos freios - agora combinados - Brembo Stylema garantiram meu primeiro palavrão no ride com a RS. O conjunto de pinças dianteiras monobloco radiais de 4 pistões, com disco flutuante de 310 mm e pinça deslizante na traseira, com disco de 220 mm, fazem essa naked de 188 kg parar muito rápido, e o manete pode ser ajustado ao seu gosto, graças ao sofisticado sistema MCS, enquanto a suspensão tem garfos invertidos Showa com curso de 115 mm na dianteira e monoshock Ohlins com curso de 131,2 mm na traseira, ambas com compressão, retorno e pré carga ajustáveis. 

Esta nova geração recebeu finalmente uma IMU (Inertial Measurement Unit), que é, na prática, uma central de informações que calcula o ângulo de inclinação e a atuação do ABS otimizado para curvas e também um controle de tração para curvas que melhorou ainda mais a desenvoltura da naked, o que foi percebido nas curvas sinuosas da Estrada Parque de Piraputanga, já que ele permite intervenção mínima tanto do ABS, quanto do controle de tração, que inclusive, pode ser completamente desligado. Ela ganhou também um anti-wheeling. Tudo pode ser facilmente ajustado pelo punho e conferido no painel de TFT. Ela perdeu o bluetooth, que agora passa a ser acessório, mas teve os cinco modos de pilotagem atualizados com mapas ainda mais refinados para a RS.
 
Falando em refinamento, ela mantém o quickshifter para cima e para baixo e a embreagem deslizante e assistida, além dos pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP V3 que grudam no asfalto e são a verdadeira cereja do bolo para o conjunto da RS. São três opções de cores: Cosmic Yellow (amarela), Carnival Red (vermelha) e Silver Ice (prata), que testamos.

Finalizando

Pela primeira vez, testamos oficialmente uma moto da Triumph. A escolha não poderia ser melhor, numa marca com forte vocação offroad com as bigtrail Tiger. A Street Triple surpreende tanto para o uso urbano do dia a dia, quanto para uma viagem mais longa, ou até mesmo uma volta em um trackday (onde eu acredito que ela vá surpreender ainda mais). 

Mesmo com muita tecnologia embarcada, ela é extremamente arisca. No nível de dar susto nos motociclistas menos experientes, mas de arrancar sorrisos dentro do capacete dos mais "rodados". 

Quer uma dica: faça um test-ride e tire suas conclusões!

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