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Longe do território nacional há pelo menos dois anos, a montadora era representada no país pelo Grupo Izzo, que comercializava a naked Speed Triple, a esportiva Daytona, a sport-touring Sprint, além das trails da família Tiger.
Caso venha realmente para cá, a Explorer terá que encarar modelos como a BMW R 1200 GS e a Yamaha XTZ 1200Z Super Ténéré.
No mercado europeu o desafio será ainda maior. Além das veteranas, a nova Tiger também irá concorrer com a Crosstourer, que, segundo a Honda, deixa de ser uma moto conceito para ser produzida em série no ano que vem.
Inglesa com quadro em treliça
O motor forte de 1200 cm³ e os diversos itens de eletrônica embarcada sugerem uma moto robusta, que pode ser a melhor opção para pegar quilômetros de estrada no caso de uma viagem longa, mas também não se intimida na hora de enfrentar terra, cascalho ou qualquer outro obstáculo que apareça pelo caminho.
Montada sobre um quadro de treliça, uma das marcas registradas das motos italianas, a Tiger Explorer apresenta os traços da sua família, caracterizados pelos faróis divididos em dois conjuntos ópticos. Mesmo sendo uma moto de proposta dupla – deslocamentos por asfalto e por estradas de terra — a Explorer se parece muito com a versão off-road de sua irmã caçula.
O curto pára-brisa colocado logo acima dos faróis, o tanque alongado com carenagem lateral discreta e o “bico” acima da roda dianteira fazem dela uma gêmea quase idêntica da Tiger 800 XC. A ergonomia também foi mantida e, mesmo sendo ajustáveis, o guidão e o assento da Explorer conservam a mesma relação da moto de 800cc.
Torque à vontade
Se esteticamente a Tiger Explorer não apresenta diferenças gritantes da versão de 800cc, tudo muda ao falarmos do motor, que tem diâmetro x curso de 81 x 71,4 mm. O propulsor tricilíndrico de 1215 cm³, DOHC (duplo comando no cabeçote) e refrigeração líquida, gera 137 cv de potência a 9.300 rpm, enquanto seu torque máximo é de 12,3 kgf.m a 6.400 rpm. Força mais do que suficiente para mover os quase 260 kg de peso seco da exploradora inglesa e seu piloto em todo tipo de terreno.
Também temos diferenças na ciclística. Embora os elementos de moto fora de estrada sejam mais evidentes, a Tiger Explorer incorpora algumas características marcantes de uma touring, como a roda traseira segura por um monobraço e a transmissão final feita por eixo-cardã. A suspensão traseira monochoque tem 194 mm de curso, com ajuste hidráulico da pré-carga da mola, enquanto o conjunto dianteiro conta com garfo invertido (upside down), com 190 mm de curso.
A nova motocicleta também conta com freios a disco nas duas rodas, sendo duplos flutuantes de 305 mm com pinça de quatro pistões na dianteira; e disco único de 282 mm com pinça de pistão duplo na roda traseira. O sistema de freios conta ainda com a ajuda do ABS como item de série, que pode ser desligado, principalmente se o objetivo for uma tocada mais off-road.
Moto Inteligente
Em termos de eletrônica, a Tiger Explorer luta em pé de igualdade com os outros modelos desse segmento. Além do ABS já mencionado, controle de tração, piloto automático e acelerador eletrônico (ride by wire) também são itens de série. Enquanto aquecedores de manoplas e assento (piloto e garupa), faróis de neblina, malas laterais e top box, com capacidade para 30 e 35 litros, respectivamente, fazem parte do pacote de opcionais oferecidos pela Triumph.
O painel da big trail inglesa é bem completo. Mesclado com o conta-giros analógico, o display de LCD traz uma série de informações importantes ao piloto que vão da mais básica até as mais complexas. Os dados gerenciados pelo computador de bordo incluem nível de combustível, velocidade e temperatura do motor e até o monitoramento eletrônico da pressão dos pneus – item oferecido como opcional. Tudo controlado por botões e alavancas instalados nos punhos.
Para manter tudo funcionando, a aventureira conta com um gerador de 950 watts de série. Além dele, a moto ainda oferece como opcional um top Box, sistema de suprimento de energia integrado, que carrega enquanto ela está em movimento. O painel desta Triumph ainda tem uma fonte de força ao lado da ignição, que pode facilmente alimentar um aparelho de GPS, por exemplo.
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