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Tudo pronto para a temporada 2012 da MotoGP

06/04/2012 - 23:21 - André Jordão / Agência INFOMOTO
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Depois de meses de testes e muita ansiedade — por parte de pilotos e fãs — está tudo pronto para começar a temporada 2012 do Mundial de Motovelocidade. Considerado a Fórmula 1 das motos, pois apresenta o maior nível de tecnologia e investimento financeiro, o circo da motovelocidade visitará 13 países, em quatro continentes, nas suas 18 etapas ao longo do ano. O Campeonato Mundial é dividido em três categorias: Moto2 (600 cc), Moto3 (250 cc), e MotoGP (1.000 cc). Nas três as motos usam motores quatro tempos e os amantes dos motores dois tempos sentirão saudades da descontinuada categoria 125 cc, a última que usava esse tipo de propulsor até 2011.

A grande novidade para este ano, no entanto, é a volta dos motores de 1.000 cm³. Até a temporada passada a categoria máxima do motociclismo mundial (MotoGP) utilizava propulsores de 800 cm³. “O uso do motor de 1000 cc deverá nos ajudar. Eu e Nicky Hayden (companheiro de Ducati) somos pilotos altos. Um motor com maior potência tende a nos favorecer”, analisou Valentino Rossi.

Todavia, a Ducati ainda não conseguiu andar no ritmo de Honda e Yamaha, pelo menos durante os testes oficiais que antecedem o certame. Casey Stoner, atual campeão, e Daniel Pedrosa serão os representantes de fábrica da Honda para 2012 — Andrea Dovizioso saiu da Honda e competirá pela Monster Energy Yamaha Tech 3, equipe satélite da marca japonesa. Já na Yamaha oficial nenhuma novidade. Jorge Lorenzo e Ben Spies continuam defendendo as cores da fábrica dos diapasões.

As polêmicas CRTs

O título mundial deve ficar entre os seis pilotos acima, com grande favoritismo para os pilotos da Honda e Yamaha. Entretanto, a temporada 2012 traz uma iniciativa que promete agitar a MotoGP: as motos CRTs. Desenvolvido para ser um projeto mais econômico e, assim, “engordar” o grid da categoria rainha, as novas CRTs já serão uma realidade neste ano com nove motos alinhadas.

Mas porque desenvolver uma “categoria” dentro da MotoGP? Para se ter uma ideia o leasing de um chassi protótipo da MotoGP, incluindo eletrônica, suspensão, e todos os componentes de uma motocicleta de competição, custa entre 3 e 5 milhões de euros. Imaginem duas motocicletas por equipe. Daí vem à necessidade de baixar os custos.

A CRT (Claiming Rules Team) também é protótipo, mas com alma de uma moto 1000 cc de série. Com liberdade total de usar e abusar da eletrônica, dos ajustes de suspensão e do diâmetro dos discos de freio, por exemplo, as CRTs terão alguns privilégios na temporada, tudo para compensar a enorme lacuna de desempenho e tecnologia que existe entre essas motos e os protótipos de fábrica.

Em vez de seis motores na temporada, exigência da organização para as motos de fábrica, as CRTs poderão usar doze. Além disso, as novas motos não terão limitações na central eletrônica (ECU) e ainda poderão competir com três litros a mais de combustível. Resumindo, com cerca de um milhão de euros uma equipe consegue colocar uma CRT na pista e é dono de toda a moto — diferente das equipes satélites que pagam um “empréstimo” para usar o chassi da Honda, Yamaha ou Ducati, mas não são donos nem senhores do seu próprio desenvolvimento.

Grid rejuvenescido

A chegada das motos CRTs fez com que o grid da MotoGP ficasse mais rejuvenescido. Mesmo mantendo as chamadas equipes satélites, caso da Monster Yamaha Tech 3, San Carlo Honda Gresini, Pramac Racing Team e LCR Honda MotoGP, o Mundial de Motovelocidade verá novas caras nas pitas. Um exemplo é o campeão da Moto2 no ano passado, o alemão Stefan Bradl, que estreia na MotoGP pilotando para a LCR Honda em 2012.

Outra equipe satélite que promete vir forte esta temporada é a Pramac Racing, que neste ano aposta no espanhol Héctor Barberá para domar a Desmosedici. Mesclando experiência e juventude, aparece a moto CRT da Power Electronics Aspar. Com Randy de Puniet e Aleix Espargaró, que retorna a categoria rainha depois de uma temporada na Moto2, a Power Electronics Aspar, se não conseguir andar no pelotão da frente, promete incomodar as principais estrelas — o francês De Puniet foi o mais rápido piloto da CRT em sua Aprilia no teste de Jerez, no final de março.

Outros três pilotos sobem para a MotoGP a partir da Moto2: Michele Pirro (San Carlo Honda Gresini), Mattia Pasini (Speed Master) e Yonny Hernández (Avintia Blusens). A expectativa só aumenta e as novidades são muitas, resta saber quem vai conseguir frear Stoner e se as CRTs conseguirão se desenvolver este ano para num futuro próximo se consolidarem como realidade.
 
Calendário da temporada 2011:
 08 de Abril - Circuito de Losail, no Catar
 29 de Abril - Circuito de Jerez de La Frontera, na Espanha
 06 de Maio - Circuito de Estoril, em Portugal
 20 de maio - Circuito de Le Mans, na França
 03 de Junho - Circuito da Catalunha, na Espanha
 17 de Junho - Circuito de Silverstone, na Inglaterra
 30 de Junho - Circuito de Assen, na Holanda
 08 de Julho - Circuito de Sachsenring, na Alemanha
 15 de Julho - Circuito de Mugello, na Itália
 29 de Julho - Circuito de Laguna Seca, nos Estados Unidos
 19 de Agosto - Circuito de Indianápolis, nos Estados Unidos
 26 de Agosto - Circuito de Brno, na República Checa
 16 de Setembro - Circuito de Misano, na Itália
 30 de Setembro - Circuito de Aragón, na Espanha
 14 de Outubro - Circuito de Motegi, no Japão
 21 de Outubro - Circuito de Sepang, na Malásia
 28 de Outubro - Circuito de Phillip Island, na Austrália
 11 de Novembro - Circuito de Valência, na Espanha
 
Equipes e Pilotos
 
Ducati Team:
 Valentino Rossi - Italiano
 16/02/1979
 Peso: 67 kg
 Altura: 1.82 cm
 Nicky Hayden - Norte americano
 30/07/1981
 Peso: 69 kg
 Altura: 1.73 cm
 
Yamaha Factory Racing:
 Lorge Lorenzo - Espanhol
 04/05/1987
 Peso: 65 kg
 Altura: 1.72 centímetros
 Ben Spies - Norte americano
 11/07/1984
 Peso: 71 kg
 Altura: 1.80 cm
 
Repsol Honda Team:
 Casey Stoner - Australiano
 16/10/1985
 Peso: 58 kg
 Altura: 1.71 cm
 Daniel Pedrosa - Espanhol
 29/09/1985
 Peso: 51 kg
 Altura: 1.60 cm
 
Monster Yamaha Tech 3:
 Andrea Dovizioso - Italiano
 23/03/1986
 Peso: 54 kg
 Altura: 1.65 cm
 Cal Crutchlow - Inglês
 29/10/1985
 Peso: 66 kg
 Altura: 1.71 cm
 
San Carlo Honda Gresini:
 Álvaro Bautista - Espanhol
 20/11/1984
 Peso: 59 kg
 Altura: 1.67 cm
 Michele Pirro – Italiano
 05/07/1986
 Peso: 69 kg
 Altura: 1.77 cm
 
Pramac Racing Team (Ducati):
 Hector Barbera - Espanhol
 02/11/1986
 Peso: 53 kg
 Altura: 1.68 cm
 
Speed Master:
 Mattia Pasini – Italiano
 13/08/1985
 Peso: 64 kg
 Altura: 1.78 cm
 
NGM Mobile Forward Racing:
 Colin Edwards - Norte americano
 27/02/1974
 Peso: 66 kg
 Altura: 1.79 cm
 
Power Electronics Aspar:
 Randy de Puniet - Francês
 14/02/1981
 Peso: 62 kg
 Altura: 1.69 cm
 Aleix Espargaro – Espanhol
 30/07/1989
 Peso: 70 kg
 Altura: 1.81 cm
 
Paul Bird Motorsport:
 James Ellison – Inglês
 19/09/1980
 Peso: 66 kg
 Altura: 172 cm
 
LCR Honda MotoGP:
 Stefan Bradl – Alemanha
 29/11/1989
 Peso: 61 kg
 Altura: 170 cm
 
Cardion AB Motoracing:
 Karel Abraham – Tcheco
 02/01/1990
 Peso: 72 kg
 Altura: 181 cm
 
Came IodaRacing Project:
 Danilo Petrucci – Italiano
 Peso: 76 kg
 Altura: 181 cm
 
Avintia Blusens:
 Ivan Silva – Espanhol
 12/Jun/1982
 Peso: 76 kg
 Altura: 182 cm
 Yonny Hernandez – Colombiano
 25/Jul/1988
 Peso: 73 kg
 Altura: 183 cm

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