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Uma Ducati com “S” de saudade

30/04/2014 - 15:50 - Carlos Bazela / Agência INFOMOTO - FOTOS: Doni Castilho / Agência INFOMOTO
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Falar de Ayrton Senna em maio de 2014, quando a morte do piloto completa 20 anos, é reviver uma saudade. E, assim como a palavra, cujo uso é uma exclusividade da língua portuguesa, a italiana Ducati inicia as vendas da superesportiva 1199 Panigale S Senna, que será comercializada apenas no Brasil. Limitada a 161 exemplares, a moto já está disponível pelo preço de R$ 100 mil, dos quais uma parte será revertida aos projetos educacionais do Instituto Ayrton Senna. Segundo Ricardo Susini, Diretor-Geral da Ducati no Brasil, a entidade participou ativamente do projeto. “A ideia de que fosse uma série limitada a 161 unidades – número alusivo à quantidade de corridas as quais o piloto participou na Fórmula 1 – veio do Instituto”, comenta.

Entretanto, esta não é a primeira moto da Ducati a ter o nome do tricampeão mundial de Fórmula1 estampado na carenagem. Em 1995, ano seguinte à morte de Senna em Ímola, na Itália, foi lançada a 916 Senna, versão especial da então superesportiva máxima em produção pela marca, que contava com modificações sugeridas pelo próprio piloto. Assim, entre os pedidos feitos a Claudio Castiglioni, amigo pessoal de Ayrton e quem comandava a Ducati na época, estavam peças em fibra de carbono para tornar a moto mais leve e o tom de cinza escuro em contraste com as chamativas rodas cor de abóbora. “Ele escolheu a cor e os componentes para tornar a moto a mais esportiva possível, mas que também fosse divertida ao pilotar. Ele queria uma moto de rua, não de pista”, afirma Susini. 

A escolha da Panigale

O plano de criar uma moto para homenagear Ayrton Senna veio antes da escolha do modelo. “A ideia surgiu em maio do ano passado. Conversávamos aqui internamente sobre os 20 anos da morte dele e pensamos em uma edição limitada. Até então, não tínhamos o modelo definido, mas havíamos acabado de iniciar a operação nacional com a Monster 796 e a Diavel”, diz o Diretor-Geral da Ducati no Brasil. 

Depois de conseguir a aprovação do Instituto Ayrton Senna para seguir adiante com a ideia, foi a vez da matriz italiana bater o martelo sobre qual modelo seria o estandarte da homenagem. “Pelo perfil de Senna e pelo fato de que a 916 era uma superesportiva, ficou decidido que seria a Panigale”, comenta Ricardo Susini. Para se manter fiel à proposta do tricampeão de F1, foi escolhida a versão S Tricolore, que traz o máximo oferecido pela Ducati em um modelo de rua. O diretor da marca reitera que a receptividade da ideia por parte da Casa de Borgo Panigale foi tão grande, que tudo foi definido muito rápido. “Em duas semanas nós já havíamos recebido a resposta da Itália com a definição a Panigale S”, comenta.

À altura de Senna

A 1199 Panigale S Senna é equipada com o motor Superquadro de dois cilindros em “L” de 1198 cm³ com arrefecimento líquido e o famoso comando desmodrômico de válvulas. O propulsor é capaz de gerar até 195 cv de potência a 10.750 rpm com torque máximo de 13,4 kgf.m disponíveis nos 9.000 giros. O câmbio é de seis marchas e conta com o sistema de trocas rápidas Ducati Quick Shift (DQS). Para segurar toda a força desta Panigale especial, discos duplos semiflutuantes de 330 mm de diâmetro na roda dianteira mordidos por pinças Brembo de quatro pistões, montadas radialmente e, na roda traseira, disco único de 240 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo. O ABS faz parte do pacote.

Montada sobre um quadro monocoque feito em alumínio, a Panigale Senna traz conjunto de suspensões da grife Öhlins totalmente ajustáveis eletronicamente, sendo a balança traseira TTX36 com 130 mm de curso e o garfo dianteiro invertido (upside-down) NIX30, de 120 mm de curso. As rodas em liga leve de três pontas são Marchesini e calçam pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP de medidas 200/55 ZR17 na traseira e 120/70 ZR17, na dianteira. Completa, a superbike com o nome do piloto conta também com três modos de pilotagem (“Road”, “Wet” e “Race”), controle de tração com oito níveis de ajuste e acelerador eletrônico (ride-by-wire).

Além destes predicados, já inclusos na versão S, outros componentes especiais foram adicionados ao modelo Senna. O cardápio de peças em fibra de carbono inclui paralamas frontal e traseiro, proteção do monobraço, proteção do calcanhar e o revestimento do compartimento interno da mesa inferior, além dos escapamentos Termignoni. E, claro, a pintura Cinza Senna mesclada com tons de preto, com o logo do piloto e seu sobrenome estampados na carenagem, além das rodas na cor abóbora, como acontecia na extinta Ducati 916 Senna. 

De acordo com Ricardo Susini, Diretor-Geral da Ducati no Brasil, tanto o modelo base quanto os implementos especiais foram planejados para estar à altura do que o próprio Ayrton Senna esperaria de uma motocicleta com seu nome. “O que ele queria [com a 916 Senna] era o que havia de melhor na época. Agora, nós oferecemos o que há de melhor hoje”, finaliza.

Paixão à italiana

A amizade entre Ayrton Senna e Claudio Castiglioni acabou levando à criação de outra superbike criada para homenagear o piloto. Assim, a MV Agusta, marca que Castiglioni assumiu depois de sua passagem pela Ducati estampou o tradicional “S” em dois momentos na história da superesportiva F4. A primeira, em 2002, derivava da primeira geração a sair da prancheta de Massimo Tamburini. Equipada com motor de quatros cilindros em linha de 750 cc, a moto teve 300 exemplares vendidos, com parte da renda obtida direcionada para o Instituto Ayrton Senna. Quatro anos depois, uma nova MV Agusta F4 Senna foi criada, porém já equipada com um propulsor tetracilíndrico de 1000 cc.

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