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Lançado em maio de 2013, o modelo da Honda atingiu 19.560 mil unidades emplacadas em 2014, deixando para trás o Lead 110 (10.137 unidades), também da Honda, e o Suzuki Burgman 125 (3.837 unidades). Em função de seu motor de maior capacidade e também por ser o campeão de vendas foi o escolhido para essa avaliação.
Desempenho e consumo
O grande atrativo do scooter na cidade é seu câmbio CVT e o torque do motor que, no caso do PCX, atinge 1,41 kgfm a 5.250 rpm. Com isso ele tem a capacidade de saltar à frente dos carros nas saídas de semáforo. Esguio e ágil permite que o piloto se desvencilhe do trânsito urbano com a praticidade do CVT. Nada de embreagem e pedal, só é preciso acelerar.
Mas quem mora em cidades pequenas e precisa se deslocar para os grandes centros, entretanto, é obrigado a circular nas rodovias. Nessa condição o que vale é a potência do veículo para manter velocidades mais altas. O PCX, cuja potência é de 13,6 cv a 8.500 rpm, pode atingir a máxima de 120 km/h – que é o limite das estradas mais modernas do Brasil. Apesar disso, a velocidade de cruzeiro que se mostra mais adequada ao seu motor e a sua ciclística é de 90 km/h.
Se, na cidade, o PCX chega a rodar 35 km/litro, na estrada, onde o ritmo é mais forte, o consumo cai para 30 km/l. Como seu tanque tem capacidade para 5,9 litros, a autonomia é de aproximadamente 180 km – embora a luz indicadora de reserva já acenda após 130 km rodados. Portanto, em caso de viagens mais longas, é aconselhável ficar atento às distâncias entre os postos.
Ciclística
Suas rodas de 14 polegadas (equipadas com pneus 90/90 na dianteira e 100/90 na dianteira) conseguem conviver com ruas esburacadas, mas elas devem ser evitadas. Isso por conta do sistema de suspensão bichoque, na traseira. Com curso de 85 mm, infelizmente, não convive bem com o asfalto esburacado de rodovias e cidades. Os impactos de fim de curso são reclamações recorrentes dos compradores do PCX, principalmente, com garupa. Já o conjunto dianteiro, que usa garfo telescópico convencional, oferece curso de 100 mm e dá conta do recado.
Se a suspensão, em algumas situações, deixa a desejar o sistema de freios merece elogios. Na roda dianteira, o disco simples, de 220 mm de diâmetro, traz pinça de três pistões e sistema CBS (Combined Brake System), que combina a frenagem da roda dianteira com a traseira. Caso o piloto acione apenas o manete de freio traseiro (a tambor de 130 mm de diâmetro) parte da força de frenagem é distribuída para a roda dianteira resultando em uma frenagem mais controlada e eficiente.
Porém, o freio de estacionamento faz falta no PCX. Mesmo pesando somente 124 kg, exige que o piloto use o cavalete central, ou manobre em uma posição favorável ao estacioná-lo, principalmente em ladeiras.
O banco largo e a posição de pilotagem relaxada, como se estivesse sentado em uma cadeira, são fatores positivos para o uso na estrada – e também na cidade. Por falar em posição, os pilotos de baixa estatura e também as mulheres, devem fazer um test-drive antes de comprá-lo. Apesar de ser fácil de pilotar, a largura do banco não permite que os pés toquem o solo com facilidade, o que pode dificultar a vida dos pilotos iniciantes.
Conclusão
Como qualquer veículo de pequena capacidade cúbica, o PCX pode ser usado na estrada, porém exige cuidados do usuário para não atrapalhar o fluxo ao entrar na rodovia ou mesmo fechar outros veículos ao iniciar uma ultrapassagem.
Mesmo equipado com rodas de 14 polegadas (maior do que scooter menores), qualquer impacto com buracos representa um risco e pode desestabilizar o pequeno e valente scooter de 150cc.
Ainda que tenha limitações, scooters e motonetas são o meio de transporte de muitos usuários que encontramos pelo caminho. Quem mora à margem das rodovias e precisa se deslocar a outra cidade diariamente enxerga na economia de combustível e na praticidade desses pequenos veículos seus pontos fortes.
Tome como exemplo, as cidades catarinenses de Sombrio e Araranguá distantes apenas 25 km uma da outra. O ônibus de linha cobra R$ 9,11 a passagem (apenas um sentido) para percorrer o trajeto em 40 minutos. Usando o PCX, um motociclista pode percorrer a mesma distância em apenas 20 minutos e o custo do combustível é de apenas R$ 3,00. Segundo dados do Ministério das Cidades, em 2014 havia 5.581 motonetas emplacadas nas duas cidades. Gente que escolheu a praticidade e a economia do scooter, mesmo que use esse tipo de veículo fora do seu habitat natural.
Mas vale lembrar que para usá-lo na estrada é preciso investir em alguns acessórios fundamentais. Se você for trabalhar diariamente é aconselhável investir em um para-brisa maior, que oferece melhor proteção contra o vento, chuva e o mais interessante: ajuda a manter as roupas (principalmente a gola da camisa) limpas.
Outro item fundamental para quem pensa em ter um PCX é um baú (bauleto) para aumentar sua capacidade de carga. Embaixo do banco cabe um capacete fechado, mas é pouco espaço para quem o usará todo dia e transportará capa de chuva, galochas e outros equipamentos.
Ficha Técnica - Honda PCX 150 DLX
Motor: OHC, monocilíndrico, 153 cm³, quatro tempos, duas válvulas, arrefecimento líquido.
Potência: 13,6 cv a 8.500 rpm.
Torque: 1,41 kgfm a 5.250 rpm.
Diâmetro e curso: 58,0 mm x 57,9 mm.
Alimentação: Injeção eletrônica
Transmissão: CVT
Suspensão dianteira: garfo telescópico com 100 mm de curso
Suspensão traseira: sistema bichoque com 85 mm de curso.
Freio dianteiro: disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de três pistões e CBS
Freio traseiro: tambor com 130 mm de diâmetro
Pneus: Dianteiro 90/90-14 e traseiro 100/90-14.
Quadro: Monobloco (underbone).
Dimensões: 1.917 mm de comprimento, 738 mm de largura, 1.094 mm de altura; 760 mm de altura do assento; 1.315 mm de distância entre-eixos.
Peso a seco: 124 kg
Tanque: 5,9 litros
Cores: Branca perolizada e vermelha metálica
Preço público sugerido: R$ 9.423 na versão DLX (pintura preto fosco e rodas douradas)
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