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Com isso, a assessoria econômica da Fenabrave projeta crescimento de 12,1% nas vendas de motocicletas até o final do ano – podendo chegar a dois milhões de unidades comercializadas. Mesmo com esse otimismo para 2011, as vendas em junho não conseguiram acompanhar o mês de maio e caíram 5,78%, passando de 171.690 para 161.771 unidades.
Essa redução, entretanto, não atrapalha a nova projeção, pois é vista como normal pela Fenabrave. “Nós não detectamos nenhum motivo especial para essa queda nas vendas de moto em junho, trata-se de uma acomodação natural do mercado”, constata Sérgio Reze, presidente da entidade. Comparando os acumulados de 2011 e de 2010, o setor passou de 831.197 motos emplacadas no ano passado para 918.212 unidades neste ano.
As regiões Sudeste e Nordeste continuam dominando os emplacamentos no Brasil. Em janeiro e março, o Nordeste do País ficou na frente no número de emplacamentos e nos outros quatro meses do ano quem liderou foi o Sudeste. Ambas as regiões ficam, nos seis meses do ano, acima dos 30% na participação do mercado de duas rodas, o que mostra o domínio em relação às outras regiões — Centro-Oeste, Norte e Sul.
Participação de mercado
O ranking de participação de mercado tem uma nova marca ocupando a terceira posição no acumulado de 2011. Trata-se da Dafra Motos, que com 2,56% de market share, só perde para Honda (79,01%) e Yamaha (11,61%). A Suzuki caiu para o quarto lugar, com 2,24%, seguida da Kasinski com 1,41% de market share.
A Honda CG 150 continua a ser a moto mais vendida do Brasil, com 213.295 unidades comercializadas até agora. Aliás, a Honda domina as quatro primeiras posições, com CG 125, Biz 125 e NXR 150 Bros completando a lista, respectivamente. A Yamaha aparece na quinta colocação com a YBR 125 Factor, que já vendeu 57.211 unidades em 2011, de acordo com os dados da Fenabrave.
A chegada de marcas internacionais como KTM e MV Agusta, além das já estabelecidas BMW e Harley-Davidson, não deve mudar o panorama do mercado, já que comercializam veículos de maior capacidade cúbica e valor agregado. “A chegada destas novas marcas ao País é muito salutar para o consumidor, pois dá mais opção na hora da compra. Todavia, a representatividade é muito baixa e não irá alterar o mercado”, afirma Reze.
Para entendermos melhor o que o presidente da Fenabrave quer dizer, a BMW, que começou a montar motocicletas por meio do sistema CKD em 2010, na fábrica da Dafra em Manaus (AM), tem hoje 0,21% do market share, com 1.967 unidades emplacadas em 2011. Para se ter uma ideia, o scooter Honda Lead vendeu 1.987 unidades só em maio, mais que a BMW ao longo dos seis meses deste ano.
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