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O mercado de automóveis e comerciais leves encerrou de janeiro a maio com vendas de 1,29 milhão de veículos novos, queda de 4,37% com relação a igual período de 2011. No resultado mensal, os negócios somaram 274.590 unidades, volume 12,11% maior do que o de abril e 8,65% menor com relação a maio de 2011.
No segmento, a briga pela liderança segue acirrada entre Fiat e Volkswagen: as vendas acumuladas do segmento até maio, que chegaram a 999,5 mil unidades, tiveram participação de 22,46% da Fiat contra 22,19% da Volkswagen, diferença de apenas 0,27 ponto porcentual. Na soma de automóveis com comerciais leves, a Fiat leva vantagem de 1,67 ponto, com participação de 22,18% contra 20,51% da concorrente VW.
Em veículos comerciais pesados (caminhões e ônibus), os negócios recuaram 12,27% sobre o acumulado janeiro-maio de 2011. A MAN, que detém a marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, encerrou o período na liderança, com 31,44% de participação, enquanto a Mercedes-Benz, vice-líder, fechou com fatia de 25,93%. A lista segue com Ford em terceiro, 16,42%, e Volvo, 9,77%. Iveco e Scania aparecem com 8,08% e 6,41%, respectivamente. Outras marcas, que incluem Agrale, International, as chinesas Sinotruk e Shacman entre outras, somaram 1,95% de participação.
Retomada no segundo semestre
Para o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, o segmento de pesados, principalmente caminhões, retomará os níveis normais de vendas a partir do segundo semestre, mas em ritmo menor do que 2011. Atribui a queda a fatores já bem conhecidos pelo mercado, como antecipação das compras no ano passado e pela dúvida sobre disponibilidade do diesel S50, e acrescenta que o setor tem crédito, mas que o desempenho da economia é quem ditará o ritmo das vendas neste ano.
“Como o estoque de caminhões Euro 3 está praticamente esgotado, os problemas para o segmento neste ano se voltam para o cenário macroeconômico, com o reflexo da crise internacional, o crescimento lento do PIB e o agronegócio, com a quebra da safra.” Meneghetti destaca o bom momento de máquinas agrícolas: em cinco meses as vendas cresceram 4,51% na comparação com igual período do ano passado, para quase 23 mil unidades, impulsionadas por colheitadeiras. O dirigente revela que houve participação considerável das vendas do segmento no Estado de São Paulo, que antecipou a lei que prevê a obrigatoriedade de mecanização de toda a colheita até 2014 (no Brasil, a obrigatoriedade vigora a partir de 2017). “A demanda segue crescente e independerá do humor da economia”, concluiu.
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