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Yamaha quer 20% do mercado brasileiro

07/02/2011 - 19:52 - Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO, de Manaus (AM)
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"Durante muito tempo, a Yamaha tinha apenas um pé fincado no Brasil. Mas isto vai mudar”, garante o Diretor Comercial, Mario Martins Rocha. Pode soar estranha a afirmação de Rocha, afinal a Yamaha produziu a primeira moto nacional e, atualmente, é a segunda maior fabricante do Brasil: fechou 2010 com 208.923 unidades produzidas. Porém, o resultado representa somente 11,41% das motocicletas do País, segundo dados da associação do setor. Uma grande diferença quando comparada à líder do mercado, a também japonesa Honda, que fabricou 1.441.662 em 2010, equivalente a 78,75% da produção nacional.

Tamanha disparidade no market share é um fenômeno brasileiro. Em outros mercados, a disputa entre as fabricantes japonesas é muito mais acirrada. Mas com a autoridade de quem trabalha na Yamaha desde 1989, Rocha garante que há dentro de cada um dos funcionários da marca o desejo de virar o jogo. “Se fizermos a lição de casa, podemos chegar à casa dos 20% de market share”, afirmou o diretor comercial empossado em 2010.

O Diretor Presidente da Yamaha, Shigeo Hayakawa, também fixa a porcentagem como uma meta realista em médio prazo. “Nosso objetivo é chegar aos 20% em três ou quatro anos”.

Três pilares

Entre os deveres de casa da Yamaha para crescer, Mario Rocha destaca três pilares fundamentais: a rede de concessionárias, estratégias de vendas e produtos.

Além da ampliação da rede, a Yamaha está investindo forte no treinamento de suas concessionárias. “Queremos que toda a rede esteja preparada para prestar assistência a todas as motocicletas Yamaha à venda no Brasil. Nossa meta é que nenhuma moto fique parada na oficina por mais de um dia por falta de peça”, exemplificou Rocha.

Outro ponto fundamental que dará alicerce para a marca crescer no País foi a fundação do Banco Yamaha em 2008. “Com o Banco passamos a oferecer mais opções de financiamento para nossa rede. Além disso, há diversos produtos que poderão ser comercializados pela concessionária”, citou o diretor comercial.

No quesito produto, Mario Rocha cita não apenas os diversos lançamentos programados para o ano, mas também a modernização da fábrica. “Nossa fábrica é uma das mais modernas no Pólo Industrial de Manaus. Atualmente temos grande flexibilidade na linha de montagem para atender às demandas do mercado”, declarou Rocha.

Fábrica

Todas as motos produzidas pela Yamaha saem da planta de Manaus (AM) – até 2007 algumas unidades ainda eram montadas em Guarulhos (SP), que abriga hoje somente a parte administrativa.

Fundada em 1985 com apenas 2,5 mil metros quadrados, a Yamaha Motor da Amazônia ocupa atualmente uma área total de 420.000 m², dos quais 125.000 m² são de área construída. Emprega cerca de 3.000 funcionários e tem capacidade produtiva para 400.000 unidades.

Com uma produção bastante verticalizada, a planta ainda abriga a Yamaha Componentes da Amazônia, que fabrica peças exclusivamente para a linha de montagem. Com diversos processos robotizados, a Yamaha é uma das únicas três fabricantes de motos que conta com um laboratório de emissão de poluentes em suas instalações. “Daqui saem motocicletas produzidas especificamente para o mercado brasileiro”, declarou o diretor presidente Hayakawa. A empresa acredita que a qualidade de seus produtos pode ajudar a alavancar as vendas. E pretende investir na divulgação da imagem institucional.

“A Yamaha produz instrumentos musicais de qualidade; somos um dos maiores fabricantes de motos do mundo, os atuais campeões do mundo na Moto GP... o consumidor precisa saber disso”, declarou o diretor comercial, apontando uma nova estratégia de comunicação da Yamaha. E, segundo Mario Rocha, o consumidor deve ter boas novidades já nos próximos meses com o lançamento de novos modelos.

Neste ano, a Yamaha pretende produzir 278.462 unidades. Projeção que, se concretizada, deve corresponder a 13,9% das motos fabricadas no País em 2011, uma vez que os especialistas projetam uma produção de 2 milhões de motos neste ano.

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