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Yamaha XTZ 125X: remanescente no mercado

20/09/2012 - 09:53 - André Jordão/Agência INFOMOTO - FOTOS: Doni Castilho/Agência INFOMOTO
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Os modelos supermotard, ou supermoto, fizeram a cabeça do motociclista brasileiro no início do século. Muitas marcas, japonesas e européias, apostaram neste segmento. Até mesmo vários proprietários de motocicletas trail trocaram as rodas de 21 polegadas na dianteira e os pneus de uso misto pelo aro 17 e os pneus mais esportivos – tudo para ter uma autêntica supermotard. No entanto, parece que a moda passou e hoje está cada vez mais raro encontrar modelos com essas características no line-up das fabricantes brasileiras.

Uma remanescente deste segmento é a Yamaha XTZ 125X, que já dividiu as atenções com sua irmã XTZ 250X, mas que agora está sozinha nesta empreitada – a fábrica dos diapasões cogitou até mesmo em importar a XT 660X, mas a ideia nunca saiu do papel. Diferenciada pelo visual e a agilidade propiciada pelas rodas menores, a 125X é uma motocicleta cativante: cumpre com sua proposta urbana diária e ainda destaca o piloto em meio às milhares de 125cc.

O modelo motard oferece como diferenciais rodas aro 17 polegadas e pneus de perfil esportivo, principal característica deste conceito. Novos grafismos (se comparada a XTZ 125 trail), piscas na cor branca e um protetor de bengala também são diferenciais que entregam ao consumidor da 125X uma motocicleta incomum pelo mesmo preço da “normal” – a Yamaha cobra os mesmos R$ 8.200 pela versão motard (XTZ 125X E) e a trail (XTZ 125 E).

Comportamento

A ciclística da XTZ 125X não traz nenhuma novidade, mas entrega um conjunto bem honesto ao piloto. Na dianteira, o garfo telescópico convencional tem 180 mm de curso, assim como a suspensão traseira monoamortecida. Embora seja calçada com pneus de perfil esportivo e rodas menores, a 125X passa muita confiança e absorve tranquilamente as irregularidades do piso. Aliás, são os pneus Pirelli MT 75 que ajudam a moto a “grudar” no chão, sensação notável logo aos primeiros metros com essa mini-motard.

Outra qualidade das supermotards é a capacidade de fazer curvas e mudanças rápidas de direção. É possível transitar entre os carros com muita facilidade, mas com cuidado para não bater o espelho retrovisor, que na 125X está 2,5 cm mais baixo do que na versão trail. Em compensação, a posição de pilotagem deixa o piloto em ataque, o que pode cansar ao longo do tempo – o banco, estreito, também não privilegia o conforto.

O conjunto de freios segue a mesma receita simples. Na dianteira, a XTZ 125 X tem freio a disco de série — um disco de 220 mm de diâmetro com pinça de dois pistões e, na traseira, um tambor de 130 mm de diâmetro. Em função do baixo peso da moto (105 kg a seco), o sistema de freios dá conta do recado.

Outro ponto positivo é a autonomia do modelo. Com 11 litros no tanque de combustível, a 125X consegue rodar aproximadamente 450 quilômetros, com média de 40,4 km/l. Mas como a velocidade final não passa os 110 km/h, se o piloto insistir em acelerar forte e rodar com ela gritando na estrada, sua média cai para 33,3km/l.

Motorização

Desde que foi lançada no fim de 2007, a versão “X” do modelo XTZ 125 vem ganhando melhorias em seu motor – tudo para atender às leis de emissão de poluentes –, mas perdendo potência. Alimentada pelo carburador Mikuni BS 25, que hoje faz o modelo atender facilmente ao Promot 3, a XTZ 125X entrega 10 cavalos de potência máxima, ante os 12,5 cv no ano de seu lançamento.

Devido a isso é comum algumas concorrentes acelerarem na frente da 125X na saída dos faróis, mas o desempenho desta Yamaha não fica comprometido, posso garantir. O motor monocilíndrico de 123,7 cm³, comando simples no cabeçote, duas válvulas e refrigeração a ar disponibiliza ao piloto um torque máximo de 1,0 kgf.m a 6.000 rpm, suficiente para transpor ladeiras e realizar ultrapassagens urbanas sem problemas.

Destaque positivo também para a pouca vibração. A XTZ 125X conta com um sistema de contra pesos acoplados ao eixo do virabrequim, denominado de Balance Engine, que praticamente eliminam as vibrações características aos motores monocilíndricos.

Conclusão

O mercado até 150 cc está crescendo e hoje oferece muitas opções para o consumidor. Todavia, modelos com um acabamento melhor e um visual diferenciado estão cada vez mais escassos, reflexo dos produtos chineses que entregam um custo/benefício cada vez mais competitivo. Por isso, hoje, a 125X é uma remanescente no mercado, já que a Yamaha estranhamente interrompeu a fabricação da 250X.

A verdade é que a XTZ 125X é uma moto estritamente urbana, sofre em rodovias e até estradas menores. Se a intenção é pegar muita estrada ou andar muito com garupa, é preferível investir um pouco mais e ir de Lander (que será até mais econômica no consumo). Agora, se o estilo desta pequena motard lhe fascina, o conjunto entregue pela Yamaha com certeza não irá decepcionar.
 
Ficha Técnica Yamaha XTZ 125X E
 
Motor: Monocilíndrico, OHC, 2 válvulas, refrigerado ar
 Capacidade cúbica: 123,7 cm³
 Potência máxima: 10 cv a 7.500 rpm
 Torque máximo: 1 kgf.m a 6.000
Câmbio: Cinco velocidades
 Transmissão final: corrente
 Alimentação: BS 25 Mikuni
 Partida: Elétrica
 Quadro: do tipo Diamond
 Suspensão dianteira: Garfo telescópico com 180 mm de curso
 Suspensão traseira: Balança monoamortecida com links e com 180 mm de curso
 Freio dianteiro: Disco de 220 mm de diâmetro
 Freio traseiro: Tambor de 130 mm de diâmetro
 Pneus: 100/80 - 17 MT 75 (d) e 110/80 - 17 MT 75 (t)
 Comprimento: 2.050 mm
Largura: 810 mm
 Altura: 1.100 mm
 Distância entre-eixos: 1.345 mm
 Altura do assento: 815 mm
 Peso a seco: 105 Kg
Tanque de combustível: 11 litros
 Cores: Preta e branca
 Preço sugerido: R$ 8.200 (E) e R$ 7.375 (K)

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