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A grande reviravolta da marca em termos de produto aconteceu com a reformulação dos modelos S e DS para 2013. Com visual agressivo, a Zero S abandonou de vez o design com pouca identidade dos idos de 2010 para assumir o papel de uma moto naked. Desenhada no melhor estilo streetfighter, a moto conta com um protuberante spoiler, que protege o conjunto de baterias e o motor elétrico Z-Force capaz de gerar potência equivalente a 54 cv a 4.300 rpm e torque de 9,4 kgf.m. O assento em dois níveis, o farol poligonal e a suspensão dianteira invertida completam o conjunto da naked elétrica. A moto está disponível em duas opções de bateria: um conjunto de 8,5 kWh com autonomia de 127 km de uso misto entre cidade e estrada a uma velocidade média de 88 km/h e outro de 11,4 kWh, que garante um alcance de 169 km nas mesmas condições.
A Zero DS também rompeu o casulo do design comum para todos os modelos da marca e firmou o pé como supermotard, adotando o termo Dual Sport como significado da sigla. O visual recebeu alguns elementos da S, como a carenagem com linhas angulosas e o spoiler, mas conservou a proposta trail dos primórdios da marca no paralama dianteiro mais alto, aliado com a roda dianteira de 19’’. O motor é o mesmo que equipa a Zero S e tem as mesmas especificações técnicas, bem como a capacidade dos dois pacotes de baterias disponíveis.
Aterradas
Embora a novidade seja a reestilização dos seus modelos street, a Zero continua com uma roda no off-road. Aliás, duas. Já que a marca ainda tem no seu line-up um modelo voltado exclusivamente para o motocross, a MX, cuja estética de enduro acabou dando origem a outro modelo de uso urbano: a FX. Assim como os outros modelos da Zero, a MX e a FX contam com o mesmo motor Z-Force, porém configurado de maneiras diferentes. Cada uma também apresenta duas opções de pacotes de bateria. Mas, ao contrário dos modelos S e DS os dois pacotes de bateria apresentam diferença no desempenho.
Desta forma, a FX está disponível com baterias de 2,8 kWh capaz de gerar 27 cv a 3.700 rpm com torque de 9,7 kgf.m e também com um conjunto de 5,7 kWh no qual o propulsor produz até 44 cv a 3.700 rpm, mas o mesmo torque. A autonomia, como era de se esperar, também muda, sendo 43 km para a primeira e 87 km para a segunda, ambas a uma velocidade de 88 km/h e usadas tanto em estradas como na cidade.
Já a MX é a que apresenta maior diferença entre as suas opções de motorização. O pacote com baterias de 2,8 kWh permite ao motor produzir até 27 cv a 4.300 rpm com torque de 9,4 kgf.m, enquanto a versão com baterias de 5,7 kWh é capaz de gerar até 54 cv na mesma faixa de giro e o mesmo torque. Aqui, como a extensão de uma trilha pode ser desconhecida, a diversão na trilha tem hora para acabar. A bateria da primeira versão tem autonomia para durar entre 30 e 70 minutos dependendo da tocada e a segunda entre 50 e 70 minutos, que também estão atrelados ao estilo de pilotagem. Já em uma pista de motocross o tempo de uso é ainda menor, sendo entre 20 e 60 minutos para a primeira e entre 35 e 120 para a segunda versão.
No caso da XU – ou Urban Crosser, o desenho da moto é o que mais representa os primeiros modelos lançados pela marca, mistura entre um modelo de enduro com um de rua. A proposta também é a mesma. Uma moto com linhas minimalistas leve, ágil e confortável para uso exclusivamente urbano. Da mesma forma que acontece com as outras trails da Zero, a XU está disponível em duas motorizações. A versão que traz conjunto de baterias com capacidade para 2,8 kWh é capaz de extrair do propulsor Z-Force 27 cv a 4.000 rpm e 5,8 kgf.m, além de uma autonomia de 47 km rodando a 88 km/h tanto em cidades como em estradas, enquanto a opção com baterias de 5,7 kWh consegue extrair do propulsor apenas 1 cv a mais, o mesmo torque, mas compensa na autonomia de 95 km nas mesmas condições.
Tomada de assalto
Para consolidar seu nome, a Zero está investindo mais do que na diversificação de line-up. Neste ano, a marca da Califórnia passou a oferecer os modelos S e DS para forças de manutenção da lei do mundo todo. As motos saem de fábrica devidamente adaptadas com bauleto e malas laterais, luzes de emergência e sirene. “Depois de ver o sucesso do modelo S nesse campo em 2012, nós decidimos expandir nossa oferta de produtos para polícia e segurança em 2013”, afirmou John Lloyd, vice presidente de vendas globais da Zero Motorcycles. As polícias de Monterey, Santa Cruz e da Universidade estadual de San José, nos EUA já testaram os modelos da Zero, bem como a Polícia Metropolitana de Londres, na Inglaterra.
Além dos contratos governamentais, a Zero também está com uma estratégia de marketing pesada para difundir a ideia da motocicleta elétrica em um país que tornou famosa a cultura dos muscle cars. Na campanha “Dinheiro de Carbono”, a marca oferece um bônus de 2.500 dólares aos clientes que trocarem sua moto a gasolina por qualquer modelo ano 2012 nas concessionárias da marca até março deste ano. De acordo com Scot Harden, vice presidente de Marketing Global da Zero Motorcycles, a ideia vai ajudar a introduzir as motos elétricas no dia-a-dia dos norte-americanos. “Da mesma forma que a campanha ‘Dinheiro por Sucata’ promovida pelo Governo em 2009, a Zero pretende atrair os proprietários de motocicletas a combustão e fazê-los optarem pela elétrica”, disse.
O plano também não deixa de ser uma ótima alternativa para “queimar” estoque do ano passado. “Oferecendo um bônus de 2.500 dólares na negociação para novos clientes, nós esperamos criar uma boa ferramenta de vendas para as nossas concessionárias ao redor do país”, comentou Harden. Mas a dúvida que fica é: será suficiente? Estaria o mundo – e principalmente os EUA – preparados para abrir mão de vez das motos à combustão? Só o futuro pode dizer.
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