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Somente um olhar mais atento revela as novidades do modelo. Afinal, até mesmo a cor vermelha metálica remete as primeiras Falcon, lançadas em 1999. As aletas laterais mudaram e a carenagem do farol ganhou linhas mais angulosas. Toda a parte traseira foi reestilizada, seguindo os traços da XRE 300: uma única peça na cor cinza traz bagageiro e alças para a garupa embutidas. Até a lanterna é a mesma da antiga Falcon. O painel digital é novo. Novo, pelo menos na Falcon, já que também veio da XRE 300. E os espelhos retrovisores também mudaram.
Novidade mesmo
De inédito mesmo, só a injeção eletrônica de combustível que fez o motor acordar rapidamente, já no primeiro toque no botão de partida. O monocilíndrico de 397,2 cm³ com comando simples no cabeçote (OHC) e sistema RFVC (Radial Four Valve Chamber) com quatro válvulas já em marcha lenta parece funcionar mais redondo, porém com o “barulho” excessivo de outrora.
Agora alimentado por injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection), as acelerações ficarem mais lineares e suaves. Mas a tendência que o grande monocilíndrico tinha de morrer em rotações baixas foi praticamente neutralizada na nova Falcon. Um defeito da versão anterior era que o motor de quatro válvulas exigia sempre rotações altas e demonstrava falta de torque em baixos giros. Agora, apesar de contar com o mesmo câmbio de cinco marchas (com as mesmas relações) e a mesma transmissão final por corrente, a nova Falcon tem mais força em baixa. Ficou mais confortável para pilotar, principalmente na cidade.
A injeção, aliás, foi o motivo que permitiu à Falcon retornar ao mercado nacional. No final de 2008, sua venda foi interrompida no Brasil porque o antigo carburador não atendia ao Promot 3, que entrou em vigor em 2009. Com o motor injetado e o catalisador, a Falcon agora atende às regras de emissão de poluentes para motocicletas em níveis abaixo dos estabelecidos pela legislação.
Como resultado de estar menos poluente, o modelo perdeu cerca de dois cavalos e alguns décimos de torque no desempenho. O propulsor agora desenvolve potência máxima de 28,7 cv a 6.500 rpm, e torque máximo de 3,27 kgf.m a 6.000 rpm. Mas, durante uma viagem de cerca de 400 km, essa perda é pouco perceptível – a não ser quando os cavalinhos a menos fazem falta para manter altas velocidades em aclives. Como também tive a oportunidade de acelerar a Falcon na pista, a velocidade final não sofreu grande alteração: é possível atingir 150 km/h no velocímetro em pista plana. Mas, vale ressaltar que a unidade testada era praticamente zero, tinha apenas 22 km rodados, e o motor estava um pouco “amarrado”.
Por outro lado a injeção proporcionou redução no consumo. Rodando a 110 km/h na estrada, a Falcon fez 25,8 km/l e, na cidade, obteve média de 23,6 km/l –acima dos 20 km/l do antigo modelo carburado. Equipada com o mesmo tanque de 15,3 litros (reserva de 5,3 litros) a autonomia chegaria a quase 400 km. Uma boa novidade para quem quer viajar com a moto.
Velha conhecida
Exceto o comportamento mais amigável do motor injetado e o consumo melhor, a Falcon continua a mesma. A parte ciclística traz o quadro em aço do tipo berço semiduplo e as mesmas suspensões: garfo telescópico convencional, na dianteira, e balança com um único amortecedor fixado por links, na traseira. As rodas continuam sendo de aço – aro 21 polegadas, na frente, e 17, atrás – com freio a disco em ambas. Até mesmo os pneus são os velhos conhecidos Pirelli MT 60 de uso misto nas medidas 90/90 – 21 (dianteiro) e 120/90 – 17 (traseiro).
Seu comportamento dinâmico obviamente não foi alterado. Mal se nota o peso maior: agora são 158 kg a seco contra os anteriores 151 kg. Segundo a Honda, o peso extra foi ganho com os componentes da injeção eletrônica e bagageiro.
Com o banco largo e posição de pilotagem ereta, a Falcon manteve uma de suas principais qualidades: o conforto. Ajudado pelas suspensões de longo curso, pode-se superar buracos e imperfeições no piso sem ser incomodado e rodar por muitos quilômetros sem se cansar. A não ser que você decida pilotar mais esportivamente em curvas, quando a maciez do conjunto e os pneus de uso misto prejudicam o desempenho, a Falcon foi projetada para nossas estradas.
Os freios – disco de 256 mm na dianteira e de 220 mm na traseira – são mais que suficientes para frear a NX 400i com segurança. Mas, bem que a Honda poderia ter introduzido uma versão com ABS nesse retorno, já que freios mais seguros fazem parte da política mundial da empresa e a fabricante dispõe dessa opção até mesmo em modelos menores, como a XRE 300.
Opção única
A notícia do retorno da Honda NX 400i Falcon ao mercado gerou comemorações e críticas. Os antigos fãs viram a possibilidade de tê-la agora injetada e com um face-lift, enquanto muitos criticaram principalmente a potência menor e seu preço. Com preço sugerido pela fábrica de R$ 18.900, a nova Falcon está disponível em três opções de cores – vermelha metálica, preta e prata – já nas concessionárias da marca em São Paulo, que a vendem por preços que vão de R$ 19.000 a R$ 20.000.
Elevado, principalmente, se levarmos em consideração que quando parou de ser vendida em 2008, a Falcon custava R$ 14.000. E o modelo continuou a ser produzido para exportação, portanto não foi necessária uma nova linha de montagem para seu retorno. Além disso, as mudanças foram poucas, basicamente, o desenvolvimento da injeção eletrônica o que, por si só, não justificaria a valorização da Falcon em quase 40% em quatro anos.
Entretanto, a Honda deve sim atingir sua previsão de vender 11.000 por ano. Primeiro, porque se trata da única motocicleta de 400cc do mercado brasileiro e a Falcon vai “nadar de braçada” nessa falta de opções. Depois, o fã de moto trail que tem uma XRE 300, por exemplo, e quer uma moto maior vai ter como alternativa a Yamaha XT 660R por R$ 26.880, ou dentro da linha da Honda teria a Transalp XL700V por R$ 30.000. Desta forma, a Falcon aparece sozinha na faixa dos R$ 20.000 nesse segmento trail.
Conclusão
Rodar com a nova NX 400i Falcon é como sair novamente com aquela garota bonita dos tempos de colégio. Ela não é mais tão jovem, porém conservou seu charme e agora está mais decidida e econômica. Ainda chama a atenção no meio da turma, mas carrega ares de nostalgia. Você tem aquela sensação de que “figurinha repetida não completa o álbum”, sabe?
Ao menos, foi essa a impressão durante mais de uma semana de testes. Muitos curiosos e outros motociclistas querendo saber como se comportava a nova Falcon. Alguns elogiavam – “nossa ficou linda!” – enquanto os mais críticos titubeavam – “o que mudou?”
Mais econômica e mais bem “alimentada” para o uso urbano, a Falcon continua sendo uma boa moto. Confesso que esperava um desenho mais atual que sustentasse o título de “nova” Falcon, afinal o visual já cansou: é o mesmo desde o lançamento em 1999. Quem sabe, talvez, seguir as linhas da XRE 300 ou da nova NC 700 X? Melhorias ciclísticas também seriam bem vindas.
Mas aparentemente a Honda preferiu não mudar um projeto que fez sucesso no passado e continua bastante apropriado para nossas estradas. A crítica maior fica por conta do preço, demasiadamente elevado. Acho inadmissível uma moto de R$ 20.000 usar os mesmos punhos das antigas XR 200 e sem o lampejador de farol.
Ficha Técnica Honda NX 400i Falcon
Motor um cilindro, OHC, quatro válvulas (RFVC) e refrigeração a ar
Diâmetro x Curso 85,0 X 70,0 mm
Taxa de compressão 8,8:1
Capacidade 397,2 cm³
Potência Máxima 28,7 cv a 6.500 rpm
Torque Máximo 3,27 kgf.m a 6.000 rpm
Sistema de Alimentação Injeção Eletrônica
Partida Elétrica
Câmbio 5 velocidades
Embreagem Multidisco em banho de óleo
Transmissão final por corrente
Suspensão
Dianteira Garfo telescópico convencional com 215 mm de curso
Traseira Balança monoamortecida com amortecedor fixado por links e 180 mm de curso
Freios
Dianteiro Disco de 256 mm de diâmetro e pinça de duplo pistão
Traseiro Disco de 220 mm de diâmetro e cáliper de pistão simples
Pneus
Dianteiro 90/90-21 (54S)
Traseiro 120/90-17 (64S)
Quadro Tipo berço semiduplo em aço
Altura do Assento 850 mm
Distância Mínima do Solo 242 mm
Dimensões (C x L x A) 2.157 mm x 789 mm x 1.222 mm
Distância entre-eixos 1.434 mm
Tanque de Combustível 15,3 litros
Peso em ordem de marcha 158 kg
Cores Vermelha metálica, prata e preta
Preço R$ 18.900 (sugerido)
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