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“O consumidor se retraiu. No primeiro momento após o anúncio do aumento houve uma corrida às concessionárias de importadoras. Mas logo no início de outubro o setor sentiu o golpe”, avaliou Gandini. “Embora estejamos satisfeitos com a decisão do STF de suspender por 90 dias o aumento do IPI, as nossas associadas não tiveram tempo de se programar.” Como houve antecipação de compras na última quinzena de setembro, no mês seguinte, já com muitas marcas cobrando preços maiores, o consumidor fugiu das lojas de carros importados.
Paulo Kakinoff, vice-presidente da Abeiva e presidente da Audi do Brasil, avalia que as vendas podem voltar a se aquecer em novembro e na primeira quinzena de dezembro. “Até o dia 15 de dezembro (quando o aumento do IPI de 30 pontos porcentuais volta a ser aplicado) deverá haver alguma antecipação de compras, mas não em grande proporção, porque isso já aconteceu há pouco tempo, em setembro, e quem comprou naquela época dificilmente vai voltar à concessionária agora”, explicou.
Resultado positivo no ano, mas sem “invasão”
A Abeiva manteve a projeção de terminar 2011 com 200 mil carros vendidos pelos associados. Apesar da queda acentuada de outubro, o desempenho ainda foi 25,6% melhor que o do mesmo mês do ano passado. E no acumulado dos dez primeiros meses do ano o resultado é bastante positivo: 165.114 unidades emplacadas, o que significa alta de 98,3% em comparação com o mesmo período de 2010.
Mesmo com o aumento significativo das vendas em 2011, os importadores independentes voltaram a ressaltar que não são os culpados pela alta das importações de veículos que convenceu o governo a adotar medidas restritivas. Os dados da Abeiva mostram que seus associados venderam apenas 6% do total de carros comercializados no Brasil de janeiro a outubro. “Olhando para esse índice acho difícil que o termo ‘invasão de importados’ seja aplicável a nós, apesar de todas as tentativas do governo em sugerir isso”, afirmou Kakinoff.
“A verdade é que essa medida só foi tomada para beneficiar as montadoras e acabar com o balizamento de preços que nós importadores estávamos fazendo, porque nós mostramos o quanto um carro custava mesmo pagando imposto de importação de 35%. Isso incomodou a concorrência, porque segurava aumentos de preços”, atacou Gandini, lembrando que são os fabricantes que produzem no Brasil os maiores importadores. Dos 677.773 veículos importados de janeiro a outubro, 510 mil vieram pelas mãos das montadoras, trazidos principalmente da Argentina e do México.
Preços e prognósticos
Segundo Gandini, os preços dos importados terão necessariamente de subir com o IPI maior depois de 15 de dezembro, mas ninguém pensa em repassar integralmente a elevação do imposto: “Não acredito que alguém vá aumentar 28% ou 30%, que seria o impacto do IPI maior. Todos estão cortando custos em publicidade, reduzindo margens e negociando com seus fornecedores para fazer reajustes os mais baixos possíveis.”
Com todos esses fatores no horizonte, os dirigentes da Abeiva preferem não fazer projeções para 2012. “Nunca foi tão difícil um exercício de planejamento”, destacou Kakinoff. De acordo com ele, cada marca está negociando com a matriz sua política de preços neste momento. Além disso, pode ser que o governo aceite reduzir o imposto das marcas que prometem implantar fábricas no Brasil, como é o caso da Chery, JAC e BMW, todas associadas da Abeiva. Isso poderá causar grandes diferenças de custos e valores de venda entre os importadores, podendo levar para cima ou para baixo qualquer prognóstico para o ano que vem.
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