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Localizado na cidade de Indaiatuba (SP), em uma área equivalente a 160 mil campos de futebol, o complexo da General Motors conta com sete laboratórios tecnológicos e 16 tipos de pistas de teste.
O propósito de toda essa estrutura é desenvolver e validar um veículo para que ele resista às mais variadas condições de pavimento, clima e tráfego que irá enfrentar ao longo de sua vida útil.
Além de auxiliar no desenvolvimento de projetos futuros, o campo de provas também é de extrema importância no aprimoramento constante de modelos em linha à disposição no mercado.
Isso ajuda a entender o porquê, no Brasil, os carros da Chevrolet são reconhecidos pelo elevado nível de robustez, conforto e segurança veicular.
Ao todo, mais de 600 profissionais - entre mecânicos, engenheiros e motoristas de teste, revezam-se dia e noite em testes laboratoriais e de pistas.
“Em seis meses conseguimos simular o desgaste que um automóvel sofreria se rodasse por dez anos em condições normais de trânsito”, compara Luciano A. Santos, diretor do CPCA.
Uma das etapas é passar pelas pistas de durabilidade, que reproduzem o uso do veículo em condições severas. Para isso, possuem uma variedade de tipos de pavimento, como asfalto irregular, buracos, valetas e até paralelepípedos, possibilitando a análise dos resultados de deterioração estrutural do veículo e de seus componentes em tempo reduzido, para antecipar possíveis correções.
Um dos circuitos que mais despertam curiosidade é a Pista Circular. Com 4,3 quilômetros de extensão e uma inclinação que chega a 56 graus, ele simula uma reta infinita. A 160 km/h, o carro contorna sem que o motorista precise girar o volante. Entre os testes feitos ali, estão os de arrefecimento do motor, consumo de combustível e velocidade máxima.
Mas antes de um carro novo chegar aos testes de rodagem, cada um dos seus componentes e sistemas precisa ser minuciosamente validado.
Um dos laboratórios pelo qual o item passa é o de Testes Estruturais. Lá, há robôs que executam movimentos repetitivos para certificar, por exemplo, que o fecho do cinto de segurança e a trava da porta são capazes de funcionar por milhares de vezes, interruptamente.
“Para cada tipo de componente há um nível padrão de exigência de durabilidade. O sistema de capô de um carro Chevrolet tem de funcionar ao menos 30 mil vezes”, cita Marcelo Silva, gerente do laboratório.
Só depois que a peça é completamente aprovada pode começar a ser produzida em série. E caso haja qualquer mudança no material ou no desenho do item, por mais sutil que seja, o processo precisa ser repetido para garantir que não haverá risco de falha.
Crash test
Por fim, um protótipo ainda precisa passar por testes de impacto. A GM certifica seus produtos para que ofereçam proteção aos ocupantes em colisões dianteira, lateral, traseira e capotamento, além de proteção a pedestres.
O Laboratório de Segurança Veicular tem capacidade de executar testes atendendo todos os padrões internacionais de segurança.
Os ensaios de impacto são tripulados por bonecos especiais, conhecido como dummys. Pela complexidade tecnológica, alguns deles chegam a custar mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) e possuem sensores capazes de mensurar com precisão a gravidade das lesões.
Um automóvel moderno tem, em média, 4.000 peças e tudo precisa ser testado. Por isso que o ‘período de gestação’ de um carro, desde o desenho até o lançamento no mercado, dura de dois a três anos”
Até mesmo uma simples reestilização na grade ou no para-choque do veículo exige uma nova rodada de experimentos, pois é preciso verificar se a mudança não influenciará negativamente a captação ou o direcionamento do fluxo de ar que vai para o motor, o que resultaria em perda de desempenho e até maior nível de ruído.
O segundo maior campos de provas da GM no mundo –atrás apenas do de Milford, nos Estados Unidos-, o CPCA também presta serviços de testes a filiais internacionais e outras marcas da companhia, como a Cadillac.
O centro ainda desenvolveu as versões tailandesa e australiana da Trailblazer e da S10, além dos modelos Spin e Cobalt que são produzidos na Indonésia e no Uzbequistão para o mercado russo.
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