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Luiz Moan, presidente da entidade, avalia que o resultado reflete o período de ajuste nos estoques. “Têm duas maneiras de fazer isso: ampliando as vendas ou reduzindo a produção. Estamos fazendo as duas coisas”, explica. Além da diminuição do mercado interno, o setor foi fortemente afetado este ano pelo aprofundamento da crise cambial da Argentina, principal cliente para os carros brasileiros, que está sem fundos para pagar suas compras externas. A situação impactou as exportações, que diminuíram expressivos 40,4% nos 10 meses do ano, para apenas 284,8 mil veículos.
Com isso, os estoques chegaram a 413,4 mil unidades em outubro entre as fábricas e a rede de concessionárias, o que corresponde a 40 dias de vendas. O número é 2% superior ao de setembro, mas 6% menor do que o de outubro do ano passado. O presidente da Anfavea explica que os ajustes nas fábricas têm sido feitos por meio de férias coletivas e layoffs. “Respeitamos o acordo com o governo federal de não fazer demissões”, garante, referindo-se ao acerto feito em 2012, quando o setor prometeu manter o nível de empregos como contrapartida à redução do IPI dos carros.
Dados da organização dos fabricantes mostram que atualmente trabalham 147 mil pessoas nas montadoras instaladas no Brasil, volume 7% inferior ao registrado em outubro de 2013. Moan justifica a redução por aposentadorias e programas de demissão voluntária (PDV), mas enfatiza que não foram feitos cortes pelas empresas associadas à entidade.
Ele admite que a Anfavea vem trabalhando para flexibilizar as regras dos layoffs, suspensão temporária dos contratos de trabalho, amplamente adotada pela indústria em momentos de redução da demanda. Atualmente a medida só pode vigorar pelo período máximo de cinco meses. A ideia é fazer com que o prazo permitido para o layoff chegue a dois anos.
Moan garante que o pleito do setor tem como objetivo garantir a manutenção dos empregos em períodos de vendas retraídas, como o atual. “As crises são cíclicas. Precisamos desenvolver um jeito de suportar isso”, enfatiza. Ele lembra que o processo de demitir e contratar novamente é negativo também para as empresas. “Investimos muito em treinamento. Não queremos perder funcionários.”
Segmentos
Entre janeiro e outubro o segmento que mais reduziu sua produção foi o de caminhões, com baixa de 24,6% sobre igual intervalo do ano passado, para 124,4 mil unidades. A fabricação de veículos leves diminuiu 15,6%, para 1,96 milhão de automóveis e 562,2 mil comerciais leves. As empresas fabricantes de chassis de ônibus anotaram contração um pouco menor, de 13,3%, para 30,4 mil unidades.
Previsões
Em queda de 16% até outubro, a produção de veículos está distante de convergir para a projeção divulgada pela Anfavea para 2014. A organização esperava encerrar o ano com retração de 10% na comparação com 2013, para 3,33 milhões de unidades, entre leves e pesados. Moan aponta que, com a proximidade do fim do ano, a entidade não revisará a projeção, mas admite que a tendência é de redução maior do que esta.
Ele lembra, no entanto, que alguns fatores positivos podem influenciar os dois últimos meses de 2014 e dar animo para as vendas. O primeiro deles é a aguardada mudança na legislação que simplificará a retomada do carro pelo banco em caso de inadimplência. Outro ponto importante é o Salão do Automóvel, que acontece em São Paulo até 9 de novembro e atrai a atenção do consumidor. “Temos percebido grande interesse em adquirir carros novos”, conta. O terceiro aspecto que pode aliviar a queda do ano é que tradicionalmente os meses de novembro e dezembro são mais aquecidos, movimento que ganhará ainda mais força com a perspectiva de fim do desconto da alíquota do IPI a partir do início de 2015.
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